quarta-feira, dezembro 15, 2004

Viver na escuridão

Existem alturas em que parece que por mais que uma pessoa queira as coisas não correm de forma diferente, não é obrigatório que estejam a correr mal, mas não se alteram. Nos últimos tempos é um pouco assim que me tenho sentido, dá-me uma imensa vontade de me isolar, de dormir, de estar comigo mesmo, mas no entanto acabo por não responder às necessidades dos outros também e eles queixam-se, lol. Para ajudar à festa tenho um abcesso desde segunda no dente do siso que decidiu nascer há uns tempos e só me tem moído o juízo... tou tão contenti e pimba de antibiótico em cima dele. De qualquer forma penso que talvez as coisas se alterem agora devagarinho, que volte tudo ao normal de antigamente ou talvez não, talvez sejam melhores do que antigamente.
De qualquer forma queiro deixar uma mensagem importante: mesmo nos momentos em que ando assim mais aparvalhado (e bem tento evitá-los mas não consigo) eu não deixo de gostar das pessoas como sempre e peço que compreendam a minha necessidade de me isolar um pouco mais. Eu mudo muito, internamente, e às vezes preciso de espaço para essas mudanças, mesmo que exteriormente elas, na sua maioria, não se notem muito.
De qualquer forma obrigado a todos por estarem na minha vida e espero que compreendam que são muito importantes para mim, tanto como antes, mas mais ainda no futuro.
Ando viciado numa música que me foi enviada pelo Leo (thanks gajo) e aconselho a todos: Ivete Sangalo e Sandy: Se eu não te amasse tanto assim... (é linda, mesmo a versão a solo da Ivete já é bonita mas este dueto ao vivo bate tudo)
Beijos e abraços a todos!

quinta-feira, dezembro 09, 2004

Plágio de mim

Deixo-vos aqui um poema que escrevi num outro blog, espero que gostem (e sim, já sei que é triste e bla bla bla, notícia: eu sou assim!)

Dias de Cinza e de Prata

Dias de Cinza e de Prata
em que colorias a minha vida
em que afastavas a cinza e banhavas a prata.
Eram os dias antigos da tua presença
com conversas longíquas e demoradas
com sorrisos e lágrimas por vezes tão ansiadas
eram assim, mas deixaram a sua marca.
Hoje são dias escuros,de uma prata já gasta, cobertos de cinza.
São dias de silêncios mantidos, de conversas quebradas
São tudo aquilo que nunca sonhamos.
Voltamos esporadicamente aos dias de brilho
quase de ouro em vez de prata
mas rapidamente caimos no pó deixado pelo caminho
um trilho traçado de vidas cruzadas
de acontecimentos que não desejávamos...
Hoje somos a sombra das saudades que nos ficaram
por todos os momentos em que banhamos
ambas a vidas de oiro mais do que prata.

Been Used

Por vezes temos alturas da vida em que sentimos que fomos usados. Recentemente senti-me assim, mas depois comecei a racionalizar as coisas todas, a pesar prós e contras e cheguei à conclusão que pelo menos foi uma utilização semi-permitida e que me trouxe algum proveito próprio.
Volto assim à rotina da solidão (alegre solidão devo dizer), em que nada depende de mais ninguém se não de mim. Cada vez mais gosto desta sensação de controlo que ganho a cada dia da minha vida, mas sobretudo, das minhas emoções.
Continuo alegremente com as minhas obrigações académicas e com uma, cada vez maior, vontade de me pirar daqui pro ano quando estiver tudo terminado. Estágio profissionalizante no estrangeiro aí vou eu... me aguarde!!!
Beijos e abraços para todos os que visitam e peço desculpa pelas actualizações pouco frequentes, mas tudo tem as suas prioridades ;)

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Sons Silenciosos

Era ainda de madrugada, a chuva caía tão suavemente que parecia embalar o meu sono, os lençois quentinhos convidavam a manter-me na cama e, felizmente, era feriado. Neste estado de graça os sonhos entravam e saiam do meu sono como convidados sem experiência, umas vezes agradáveis outras vezes imperceptíveis. Procurei-te, estiquei o meu braço para te encontrar mas encontrei apenas o vazio quente deixado pelo teu corpo. Terias ido à casa de banho? À cozinha comer qualquer coisa? Sentia também um ratinho no estômago, tinha fome, mas só agora me apercebera disso. Contudo, a preguiça era maior do que eu e não me mexi. Adormeci rapidamente. Sem me aperceber bem como tinhas voltado, mas algo estava diferente! Não tinhas o teu sorriso encantador com que todas as manhãs me brindavas e a tua forma de falar estava bastante agressiva. Disseste-me para me levantar, tinhamos coisas muito sérias para discutir. Alarmei-me. Não espera uma notícia assim logo pela manhã, ainda por cima uma manhã que tinha amenamente começado com chuva, com tanta calma à nossa volta. Sentei-me na cama expectante do que irias dizer, por dentro parecia que todo o corpo tremia como se antecipasse uma notícia desagradável. Que me irias dizer? Que teria acontecido de tão mau assim para que me tirasses do quentinho da cama em que sabias tão bem que gostava de preguiçar. A tua cara continuava dura, com uma expressão tão rude que me fazia sentir com algum medo. Medo? Como poderia sentir medo de ti se não tinhas sido outra coisa se não um principe encantado para mim ao longo de todos estes anos? Algo não poderia estar certo! Foi então que finalmente falaste. Acabou! No meio dos meus balbúcios quase incompreensiveis saiu-me um o quê? Mas acabou o quê? Nós, foi a resposta que tive. De repente parecia que o meu coração não conseguia mais bater, um vazio sentido por dentro que me fazia sentir com uma estranha vontade de explodir. Perguntei: mas o que aconteceu? Nada, nem mais uma palavra saiu da tua boca para me explicar fosse o que fosse! Estava sozinho, perdido, misturado numa indefinição que não sentia como se fosse minha. Acorda, vá lá acorda. Uma voz entrou-me carinhosamente no ouvido. Então, que raio estavas tu a sonhar? Parecia que te estavam a bater! Um sonho, meu Deus, tinha sido apenas um sonho. As cores voltaram rapidamente à minha vida quando ao abrir os olhos te vi, com o mesmo sorriso com que sempre me brindavas pela manhã...

sexta-feira, novembro 26, 2004

Apenas por via das dúvidas

O post anterior é apenas ficção, senti necessidade de escrever um pouco e foi o que saiu. Espero que estejam todos bem e vou aguardando notícias... Comigo vai tudo andando para a frente, o que é muito bom. Fiquem todos bem.
abraços e beijos grandes

quinta-feira, novembro 25, 2004

Regresso

As palavras que sabia esquecidas entre nós, nunca tinha tido a noção da sua real dimensão até que elas começassem a sair, como setas disparadas, da tua boca. Penso agora em tudo o que ficou por fazer, em tudo aquilo que não nos deste a chance de viver pelo teu egoísmo, pela tua vontade inalterável de partir, uma viagem sem regresso em que me deixaste, a mim, sozinho na outra margem. Por várias noites tentei chorar, mas inexplicávelmente as lágrimas nunca correram pelos meus olhos, ficaram caladas dentro do meu peito que nunca lhes deu o espaço para poderem nascer. Melhor assim, diziam todos aqueles que incrédulos viam o final do nosso amor. Nosso? Talvez só meu, que nunca soube ver além do que me fazias acreditar. Ter-me-ás amado alguma vez? Ou foi tudo uma farsa vivida ao longo destes anos? Perguntas às quais nunca responderás. Tento adivinhar onde pararás actualmente após todos estes anos decorridos e por muito que desejasse que a raiva fosse a minha única lembrança de ti, tal não acontece. Não consigo apagar os momentos de ilusão partilhados de forma quase mágica, em que todos os sonhos pareciam de uma realidade quase palpável... fantasias de cheiros e cores, foi esta a realidade que deixaste para me agarrar quando o que mais queria era afogar-me na tristeza de não te ter, no doce desespero de começar tudo de novo, de sair e voltar a entrar numa vida que era, novamente, só minha. Pergunto-me, como quem já morreu há tanto tempo, por onde andarás? Mas também isso é apenas mais uma das neblinas que deixaste na minha vida...

quarta-feira, novembro 17, 2004

Mudanças parte II

E pronto, depois da tempestada vem a bonança ou lá o que é, lol. Não me apetece escrever muito mas queria sobretudo mandar beijinhos a todos os que por aqui passam e espero que estejam todos bem. Peço desculpa se assustei alguém com o post anterior mas eu precisava de rebentar e como não sou de rebentar ao vivo foi pela escrita que encontrei a minha expressão... Mas tudo passa, que remédio.
Deixo aqui o meu apoio a uma pessoa que amo e que não conhece sequer o meu blog, a minha irmã, mas que é a pessoa mais importante do mundo para mim, umas das razões do meu viver e que tem sido muito abalada nos últimos tempos pela maldade humana. Sis estou aqui para dar todo o amor que não tenhas dos outros.
Por fim quero agradecer a uma pessoa especial os momentos mágicos que partilha comigo, em que me faz sentir que afinal vale a pena lutar pelos nossos sonhos e acreditar que nem tudo é mau nesta vida. A ti um beijo enorme.
Fiquem todos bem e digam coisas pelos comentários, como eu disse antes, eu ladro mas não mordo ;) Hasta la vista

domingo, novembro 14, 2004

Mudanças

Como é que uma coisa que era tão grande se tornou tão pequena? Como é que o Amor significava um mundo e agora não significa nada, zero... As pessoas ainda nos conseguem surpreender afinal, que o diga tudo o que tem acontecido nos últimos dias. Pergunto-me se serão questões de representação que fazem com que as pessoas finjam ao mundo coisas que não são, que não sentem, que não querem. Não querem mas mantêm por razões tão misteriosas que ninguém consegue sequer explicar ou compreender. Surpreendo-me ainda pelas capacidades, pela negativa, que o ser humano consegue demonstrar a cada dia. Esperança na Humanidade? Por favor, é um contra-senso, a própria designação parece conter em si tantas contradições, tanta falsidade... humanidade, utilizamos este termos para o ser vivo que consegue ser o menos humano de todos, que consegue ser dos mais cruéis e destrutivos... e quanto ao amor, não significa nada, apenas se mantêm vivo no coração de meia dúzia de tolos que acreditam em histórias de encantar, não existe! Não existe acima de preocupação egocêntricas das pessoas que nele se envolvem, sedentos de satisfazerem as suas necessidades, de o usarem como uma tábua de salvação que nunca foi... Acordei talvez demasiado tarde de tudo isto, estou num curso que me deixou de fazer qualquer sentido... tão triste? matem-se, menos uns quantos egocêntricos a chatear os outros. E amizade? Amizade significa conseguir deixar tudo para ajudar uma pessoa de quem se gosta, por quem se tem uma espécie de amor... pois, talvez mais uma coisa que não exista nesta forma idealizada, eu que o diga... lamento deixar para trás os sonhos tolos em que acreditei até tão recentemente mas deixo, abandono. Vamos seguir o umbigo que na realidade importa, o nosso não é? Talvez essa seja afinal a forma de selecção natural mais acertada!
(abstenham-se de comentários parvos porque neste momento eu estou com uma raiva ao ser humano que dava para rebentar com o planeta Terra inteiro, até conseguir matar cada um dos que cá estivessem... e se se acham realmente meus amigos ponham bem a mão na consciência antes do afirmarem, pensem se não falharam no pior momento. Quem depois disso achar que está limpo que comente se quiser, a ver vamos quantos sobram...)

quarta-feira, novembro 10, 2004

Retorno

Há já algum tempo que não actualizava o meu blog e peço desculpa aos que têm por hábito vir aqui tentar saber de mim. As razões têm sido múltiplas e, sinceramente, não me apetece nomea-las agora, talvez mais tarde. Estou um pouco cansado, principalmente, por andar a dormir pouco, mas isto resolve-se com uma boa noite de sono (que não sei bem quando vai ser...). Quanto ao estágio não existem grandes novidades a não ser já ter desembolsado 16,5€ para uma bata branca (exigências do serviço e que me fazem parecer um doutor LOL).
No meio de toda a confusão que tem sido a minha vida desde Sexta-Feira para cá existe, contudo, espaço para alguma vida pessoal, que tem sido muito agradável e gratificante.
Não me apetece escrever mais agora embora tenha coisas escritas à mão para pôr aqui depois, fica feita a promessa...
Divirtam-se todos muito que eu tb vou tentar até porque duas pessoas especiais fazem anos brevemente... Party time!!!

terça-feira, novembro 02, 2004

Chuva...

Pois é, ao voltar para casa apanhei com chuva em cima, males de quem sai de manhã e não leva chapéu porque o tempo até está pro clarito...
Hoje foi mais um dia agradável, principalmente pela hora do almoço graças à boa comida, mas, esencialmente, à boa companhia. É bom sentir que existem coisas dentro de nós que ainda mexem, que afinal ainda vivem, aquele entusiasmo de criança que por vezes pensamos perdido por um canto qualquer da nossa alma. Renascem vontades antigas, sonhos, coisas que poderão ser construídas com a calma dos dias, com pés assentes no chão, mas é dificil levar as coisas devagarinho quando o chão é tão comum, com tantas coisas partilhadas e a vontade de amar é do tamanho de um gigante... Vou acompanhando o passo na esperança de vê-lo crescer, obrigado a ti que és a razão do meu sorrir, do renascer do meu sentir!
Amanhã tenho mais uma avaliação do Sr. Joyce-Moniz, abençoado seja Gucci, lol, mas também já vou na sua conhecida onda do, bom senso meus caros, o que é preciso é bom senso- A ver vamos se o meu funciona amanhã, se a chuva não o oxidou...
E pronto, amo tudo o que amava ontem, hoje se calhar um pouco mais, abraços e beijos para todos vocês que sabem quem são.

segunda-feira, novembro 01, 2004

fim de semana prolongado

E pronto, cá estamos no feriado de 1 de Novembro, o tempo passa depressa. Foi um bom fim de semana, deu para descansar e, sinceramente, não fiz nada de mt útil, pelo menos para a faculdade. No entanto vi dois filmes no cinema, no Sábado vi o Wimbledon - Encontro Perfeito. É uma comédia romântica leve mas divertida, aconselho a quem procure um filme para relaxar um pouco. O outro vi-o ontem, Noite Escura, um filme português, que como a maior parte, vem confirmar o facto de que mesmo com uma boa história, ou boa ideia se preferirem, os portugueses têm dificuldade em fazer filmes que não se tornem monótonos e desinteressantes... Enfim, valeu a boa companhia e a diversão antes do filme.
Ando numa onda de boa disposição, o que é positivo para mim, mas normalmente mau para a faculdade porque me dá menos vontade de me agarrar a livros e etcs. Apetece-me raptar alguém (que até sei quem é mas não vou dizer nomes) para ir passear, mas infelizmente não sou o único a ter de estudar, paciência, lol.
Novembro, é um mês em que as pessoas se aproximam cada vez mais do espírito natalício e eu, cada vez mais, da minha frequência do dia 6 de Dezembro, lol. Mas gosto da época natalícia, gosto da iluminação das ruas que muitas vezes consegue passar, nem que seja um bocadinho, para a alma das pessoas.
Pequenos recados aos que aqui vêm com alguma regularidade:
Leo - Fico feliz por te ver tão envolvido com as coisas do curso e, mesmo com as dificuldades, entusiasmado com as perspectivas de futuro. É bom sentir-te com garra e não como tavas antes de deixares o teu trabalho, como tal fico feliz pela tua decisão e, como sempre, estou cá para apoiar no que for possível.
António - não sei se cá vens ou não, mas pronto. Sinto-me com alguma dificuldade em chegar-te ao interior, cada vez mais te tens fechado numa concha que te isola do mundo. Tenho a sensação que andas tenso ou preocupado mas não sei porquê, de qq forma tb cá estou se precisares de falar, mas tu já sabes isso...
Marisa, Ruben, Cátia, Di - Que dizer-vos? Vocês são quase tudo na minha vida, já nem me imagino sem vocês (e os outros dois palhaços anteriores, lol). Gosto de vos ver felizes como estavam na última Sexta-Feira, estavam lindos, Beijos enormes para vocês todos.
André - tenho sabido pouco de ti, mas tb não me quero intrometer mt uma vez que agora tens outras coisas com que te ocupar. Espero que as coisas no curso estejam a correr bem e, principalmente, a parte romântica. Tu mereces!
Ao restantes - peço desculpa por não discriminar mas nunca mais acabava e depois ninguém lia esta porcaria sentimental, lol. Adoro-vos a todos. Portem-se bem (ou mal se isso for mais saudavel...).
E pronto, a ti que começo a agora a descobrir mas que nem sabes que este blog existe, lol.
Abraços e beijos a todos

sábado, outubro 23, 2004

Naúfrago

Tantos mundos esquecidos aqui
de cores que já em tempos brilharam.
Tantas pessoas marcadas
pelo simples esquecimento de um ser
que em tanto não ousou vencer...
A solidão que caracteriza uma nova passagem
que se entranha, cola, penetra as células
que resistem lutando por um pouco mais de vida.
Lágrimas, resistentes pérolas que não caem
permanecendo internamente, afogando a minha alma
num desespero de não saber mais o que fazer.
Desse sentimento faço uma salvação que não existe
que já em tanto me destruiu os alicerces.
Quero esquecer-te mas não consigo
porque tal esquecimento levar-me-ia a esperança
aquela que nunca almejei esquecer ou abandonar.
Sou um barco que naufragado vai ainda navegando
num mar de uma esperança abatida
de um dia, nem que seja ao longe, vislumbrar
esse bocadinho de terra esse cantinho de um coração.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Coldfinger - Cover Sleeve

I wonder if i ever let you down
would you keep on moving
I wonder, when i took my feet from of your ground
would you keep on going
If you ever need me, just remember
all the times when we wandered free
If you ever miss me, don't you know
that i feel the same way

I wonder, did i ever fail you
did you give up dreaming
I wonder, when i had to go
would you stop believing
Don't you know every soul must grow older
but our past belongs to you and it should make you stronger
If you ever need me, just remember
all the times when we wandered free
If you ever miss me, don't you know
that i feel the same way

Don't stop moving, you must keep on going
don't you stop believing, you should go on dreaming
Don't stop moving, you must keep on going
don't you stop believing,
'cause it's people like you that make the world go...

If you ever need me, just remember
all the times when we wandered free
If you ever miss me, don't you know
that i feel the same way
If you ever need me, just remember
and i'll always be there
If you ever miss me, don't you know...
don't you know......
we will meet again...
we will meet again

quarta-feira, outubro 13, 2004

breath no more - Evanescence

[Piano Solo Opening]

I've been looking in the mirror for so long.
That I've come to believe my souls on the other side.
Oh the little pieces falling, shatter.
Shards of me,
To sharp to put back together.
To small to matter,
But big enough to cut me into so many little pieces.

If I try to touch her,
And I bleed, I bleed,
And I breathe, I breathe no more.

Take a breath and I try to draw from my spirits well.
Yet again you refuse to drink like a stubborn child.
Lie to me,
Convince me that I've been sick forever.
And all of this,
Will make sense when I get better.
But I know the difference,
Between myself and my reflection.
I just can't help but to wonder,
Which of us do you love.

So I bleed, I bleed,
And I breathe, I breathe now...
Bleed, I bleed,
And I breathe, I breathe,
I breathe - I breathe no more.

[Piano Solo Ending]

Alegria parte 2

Afinal nem sempre os contos de fadas realmente acontecem... inesperadamente são esses os momentos em a realidade é a nossa maior aliada, o nosso maior conforto. Hoje foi o dia em que me tornei mais realista, um ser da terra e menos do ar! Resultado: estou feliz na minha singularidade de ser diferentemente igual a sempre ;)
Com amizade me despeço, lol

sábado, outubro 09, 2004

Alegria parte 1

Escrevo no papel um momento que espero que dure para sempre, este sentimento de algeria, de que o sangue corre solto nas minhas veias. Reaparescete vindo do nada e encontraste-me no caminho, vinhas tipo fénix que renascida das cinzas voa tão diferente, tão brilhante. Deste-me algo que nunca antes ousaras partilhar, o teu ser. Virtualmente concedeste-me o acesso à tua intimidade, ao teu esplendor há tanto escondido. E eu, aqui, ser mortal, que não cabe em si de admiração, não só pela tua mudança radical mas principalmente pela tua escolha, eu! Eu a quem nunca ninguém sorriu dessa maneira caí nas graças desta fénix que se me apresenta numa forma quase mágica. Nunca ousei dizer-te o quanto admirei a tua rebeldia, a tua capacidade de abrir asas e voar, característica que partilhamos pelo signo, mas que eu nunca consegui usar.
Em tão pouco tempo conseguiste algo que anseio há tantos anos, alguém que me deseje com a simplicadade do meu corpo mas a incógnita do meu interior. E prometeste tantas coisas que nem sei se serão reais, talvez não sejam, mas levas contigo parte do meu ser alegre, da criança geminiana renascida das cinzas de tantas dores antigas. Podes até nunca voltar, desaparecer para todo o sempre, mas por tudo o que me deste serás sempre um novo amor, alguém que guardo com o maior de todos os carinhos, serás sempre como um principe encantado que há tanto tempo tenho vindo a esperar.
Rezo para que chegue esta terça feira tão distante, rezo principalmente para que cumpras todas as promessas. Acho que acima de tudo isto rezo para que não te esqueças que durantes aquelas horas nós fomos o mundo um do outro, em todas as suas dimensões. Talvez nunca voltes, talvez eu não te espere, talvez para sempre seja sempre tarde demais ou demasiado perto para te dizer o que vai dentro de mim...

sexta-feira, outubro 08, 2004

Novas Perspectivas

Sempre disse que a música tem muita influência em mim, consegue alterar o meu humor e, frequentemente, põe-me a pensar nas coisas banais da vida. Não tão raramente quanto isso, faz com que chegue a algumas conclusões importantes, pelo menos para mim! A mais recente conclusão a que cheguei: I'm good, but the world isn't prepared for me. Como este post é essencialmente sobre música, deixo-vos a letra de uma música da Jennifer Lopez que gosto e com a qual me identifico em alguns pontos.
All I Have...
Love is life and life is livin'
It's very special
All my love...
Oh...oh...oh...oh...oh...
(Baby, don't go)
(Baby, don't go) Yeah
(Baby, don't go, uh)
(Baby, don't go) Yeah
(Baby, don't go)
(Baby, don't go) Yeah, yeah
(Why you act like that)
It's such a shame, but I'm leavin'
Can't take the way you mistreated me
And it's crazy, but oh, baby
It don't matter, whatever, don't phase me
Uh, uh, uh
I don't believe you wanna leave like this
I don't believe I just had my last real kiss
I do believe we'll laugh and reminisce
Wait a minute, don't bounce, baby, let's talk about this, man
Well, I'm bouncin' and I'm out, son
I gotta leave you alone'
Cause I'm good holdin' my spot
And I'm good reppin' the girls on the block
And I'm good, I got this thing on lock
So without me you'll be fine, right
All my pride is all I have
(Pride is what you had, baby girl, I'm what you have)
You'll be needin' me, but too bad
(Be easy, don't make decisions when you mad)
The path you chose to run alone
(I know you're independent, you can make it on your own)
Here with me you had a home, oh, yeah
(But time is of the essence, why spend it alone, huh)
The nights I waited up for you (Oh, boy)
Promises you made about comin' through
So much time you wasted
That's why I had to replace you
Uh, uh, uh
It makes a cat nervous, the thought of settlin' down
Especially me, I was creepin' all over town
I thought my tender touch could lock you down
I knew I had you, as cocky as it sounds
That's the way you used to giggle right before I put it down
It's better when you angry, come here, I'll prove it now, come here
Stop playin, you gamin'
I gotta leave you alone'
Cause I'm good holdin' down my spot (Stop actin' like that)
And I'm good reppin' the girls on the block (Now you know you need to stop)
And I'm good, I got this thing on lock
So without me you'll be fine, right (Here we go)
All my pride is all I have
(Pride is what you had, baby girl, I'm what you have)
You'll be needin' me, but too bad
(Be easy, don't make decisions when you mad)
The path you chose to run alone
(I know you're independent, you can make it on your own)
Here with me you had a home, oh, yeah
(But time is of the essence, why spend it alone, huh)
People make mistakes to make up, to break up,
To wake up cold and lonely, chill, baby, you know me
You love me, I'm like your homey
Instead of beefin' you come hold me
I promise I'm not a phony
Don't bounce, baby, console me, come here
Ain't nothin' you can say to me that can change my mind
I gotta let you go now
And nothin' will ever be the same, so just be on your way
Go 'head and do your thing now
And there's no more to explain to me, you no
I know your game and I'm feelin' what you do
So I'm bouncin' and I'm out, son
I gotta leave you alone, yeah, yeah
All my pride is all I have
(Pride is what you had, baby girl, I'm what you have)
You'll be needin' me, but too bad
(Be easy, don't make decisions when you mad)
The path you chose to run alone
(I know you're independent, you can make it on your own)
Here with me you had a home, oh, yeah
(But time is of the essence, why spend it alone, huh)
All my pride is all I have
(Pride is what you had, baby girl, I'm what you have)
You'll be needin' me, but too bad
(Be easy, don't make decisions when you mad)
The path you chose to run alone
(I know you're independent, you can make it on your own)
Here with me you had a home, oh, yeah
(But time is of the essence, why spend it alone, huh)
I promise you
You know what I'm sayin'


quarta-feira, outubro 06, 2004

Partida

E pronto, hoje começou um novo ano académico para mim, as minhas primeiras quatro horas de aulas com a Profª Luísa Barros com algumas aparições do Prof. Fradique... No geral estou entusiasmado e ao mesmo tempo apavorado. Na primeira aula já me deram bibliografia que me dá para um ano e tenho já seis perguntas sobre ansiedade para preparar para dia 27 Outubro. Cresce em mim a sensação que rebento este ano, mas valerá a pena (assim o espero). Quanto ao estágio fiquei no IPO, na consulta da dor, parece-me um trabalho interessante, a ver vamos se não me desiludo completamente... Leituras de momento só mesmo o Livro de Psicologia da Saúde da Jane Odgen que estou sinceramente a gostar, até pareço uma pessoa orientada, lol. Fiquei feliz por saber que não interfere com o trabalho e portanto não tenho de desistir deste, os trocos fazem-me mta falta.
Acho que estas são todas a novidades para já, pelo meio do pessoal que me chama maluco por ter ido para psicologia da saúde, não só pelo futuro desemprego mas, principalmente, por aturar os dignissimos professores da área, lol. Ainda não revi o Joyce Moniz, mas admito que a ansiedade é grande, poderei ser eu o objecto de estudo? LOL.
Have fun you people!
P.s. - não liguem tanto aos meus posts depressivos, provavelmente ele irão acontecer bastantes mais vezes ao longo deste ano... pelo menos até quem sabe aparecer um "arco-íris" no meu caminho!

domingo, outubro 03, 2004

Lost... a kind of feeling

Poucas coisas a dizer deste sentimento tão meu conhecido, tantas afeições criadas que dificilmente o consigo abandonar... esta adoração perdida em tantas palavras gastas para compensar as lágrimas que não sabem mais correr pelo meu rosto. Tantas vezes a grandiosidade aclamada que não vejo em nada recompensada, tantas vezes perdido por não saber mais o que fazer ou como fazer. Cansado, cansado de uma batalha que nunca pedi, cansado de ser usado por não saber como negar demasiadas coisas, por calar e não reagir. Cansado principalmete de ser este fantoche de tantos jogos paralelos e não comandar em nenhum deles. Espero uma chamada que não chega, espero uma felicidade que não vem, espero um conforto inexistente, espero muito mais de uma humanidade a quem podemos chamar tudo menos racional... espero, espero, espero e estou cansado. Amanhã será um novo dia de coisas tão iguais, apenas mais uma rotina desviada, um cansaço escondido, uma desilusão tão disfarçada que consome tudo à sua volta. Um sorriso, esta será a minha máscara para esse novo dia, como foi durante tantos outros...
(não liguem muito e principalmente não me chateiem por ter escrito isto ok? have fun)

sexta-feira, outubro 01, 2004

Flash

Sempre fui uma pessoa de flashes, de fotografias soltas de situações que fazem um click cá dentro. Costumo pensar que sou uma pessoa de imagens soltas que juntas constroem o que sou, mas existem situações por vezes que me deixam completamente "perdido". Imaginem o metro da baixa chiado, o caminhar na direcção às escadas que dão acesso à linha do metro, a forma como cá de cima vemos as pessoas que esperam, impacientemente ou não, pela chegada de metro. Imaginem agora que ao fundo dessas escadas está uma pessoa a vender o "Borda de água" (aquele boletim com as marés e mais sei lá o quê!) , acrescentem o facto dessa pessoa ser cega e estar completamente imovél.
Parece um cena comum, sem nada de especial, mas ao ver a situação que vos descrevi não pude sentir outra coisa se não um aperto no coração. A imagem que vi deste senhor foi a de uma pessoa transparente, um ser invisível por quem passam milhares de pessoas em poucas horas, mas que não parecem notar ou dar importância à sua presença. O que tem isto de especial? Na realidade nada, mas naqueles segundos a única coisa que me surgiu como sentimento foi solidão! O factor da sua falta de visão que o transporta para um mundo já de si tão delicado, tão solitário, tão diferente do nosso, acrescido desta sensação de passarem por ele milhares de pessoas que não se dão sequer conta da sua existência (preocupadas que vão com os seus próprios problemas se calhar tão pequenos comparados aos deste senhor...) fez com que sentisse um tremendo sentimento de abandono por parte do mundo.
Se calhar tudo isto é trauma meu que sempre detestei o sentimento de solidão, que detesto ser "ignorado" como se não existisse, mas naquele momento apenas me apeteceu abraçar aquele senhor e prometer-lhe que as coisas poderiam melhorar... obviamente não o fiz, porque se calhar ele não sentia nada do que eu senti, porque não tinha esse direito de julgar a sua vida, mas são imagens que ficam guardadas ao pó num canto qualquer da nossa memória.
São estas pequenas situações que por vezes me fazem sentir grato por todas as coisas que tenho e às quais, na maior parte do tempo, não dou o devido valor.

terça-feira, setembro 28, 2004

muro das lamentações

Às vezes sinto que este blog se tornou quase como um amigo imaginário, um local onde despejo o que me preocupa, o que me alegra, o que me faz sentir diferente ou igual a tantos outros seres. Penso qual será o seu real propósito? para que escrevo eu aqui? Penso serem duas razões principais, uma é o próprio acto de escrever, não só pelo gosto à escrita mas por ser esta uma boa forma de mostrar a minha forma de ser e como transcrevo isso para o papel (ou neste caso para esta "realidade virtual". A segunda, porque é uma forma de me manter em contacto com as pessoas que lêem, mesmo que não as conheça, mesmo que não saiba quem são, estão lá e isso, por si só, é importante.
Esta é a minha forma de partilhar muitas coisas que de outra forma ficariam esquecidas nos recantos do meu ser, de me mostrar um pouco mais ao mundo e, como se de um sonho se tratasse, tentar mudá-lo um bocadinho de cada vez... A todos vocês que estão desse lado, obrigado! E espero que gostem do que por aqui vai aparecendo, como já antes disse e volto a afirmar, serão bem vindas sugestões e comentários, pedido e outras coisas afins.
A todos uma boa semana.

domingo, setembro 26, 2004

Efemeridades

É como se um mundo me fugisse a meus pés,
sem um amanhã igual a tantos ontens,
sem as cores com que pintamos cada dia.
A ilusão de uma paisagem onde não estás
fica tão longe do meu possivel imaginário
em tons cinzentos, longinquos, apagados.
Não sinto ainda a hora desta despedida
sabendo, contudo, que pode não tardar...
Nunca me tinha apercebido do seu tamanho,
da realidade que se esconde a cada esquina
para me apanhar sem qualquer preparo.
Seremos como um relógio sem regras,
que toca quando menos se espera,
numa hora, num tempo tão profundo
que só ele pode conhecer...
E como daria todas a possiveis regalias
para lhe controlar apenas uns minutos,
manter-te um pouco mais perto de mim
e impedindo que toque a tua partida.
Com ele descobri tantos significados,
sentimentos que temos como garantidos
que se tornam esquecidos, vagos,
seguros dentro dos nossos corações
e não imaginamos que estes poderiam
ser a causa do nosso sofrimento.
Espera, peço-te apenas um segundo!
Não vás embora sem que possa estar por perto,
não me negues a possibilidade de um adeus,
mesmo que seja muito efémero
e a promessa que nunca partirás,
por viveres sempre em todos os corações
onde ao longo destes anos tocaste
com um pouco de magia...

Porque nem sempre podemos controlar o que acontece, porque existem situações que pensávamos estarem tão distantes e afinal podem estar aqui tão perto. Simplesmente porque é assim a vida e não a podemos controlar...

quarta-feira, setembro 22, 2004

He touched me...

Esta música tem um novo significado para mim, mas sempre gostei dela pela sua inocência...

He touched me, he put his hand near mine
And then he touched me
I felt a sudden tingle when he touched me
A sparkle, a glow
He knew it...It wasn't accidental, no, he knew it
He smiled and seem to tell me so all through it
He knew it, I know...
He's real, and the world is alive and shining
I feel such a wonderful drive t'wards valentining
He touched me;
I simply have to face the fact
He touched me...
Control myself and try to act
As if I remember my name
But he touched me...He touched me...
And suddenly nothing is the same!
'Cause he touched me...He touched me...
And suddenly...nothing, nothing, nothing is the same

Compras

E pronto, mais uma loucura provocada pelo efeito Fnac, juro que qualquer dia processo a loja por ter efeitos psicológicos em mim que me obrigam ao gasto compulsivo de dinheiro em livros... grrr lol. Dois livrinhos comprados, uma agradável descoberta já concretizada (sim, li um dos livros em três horas no trabalho, 191 páginas tb não era nada de especial).
Obviamente recomendo ambos os livros aos interessados porque me parecem ambos mt bons, são eles: Memórias da adolescência. Segredos, sonhos e desilusões, à procura de um identidade da Dulce Bouça e, do nosso já conhecido, Daniel Sampaio: Tudo o que temos cá dentro. Este último ainda não li, mas pelo resumo parece bastante interessante. Quanto à livro de Dulce Bouça, gostei mt, lê-se facilmente e faz-nos reviver alguns dos problemas que todos nós vivemos quando eramos adolescentes, as questões, os sentimentos e relacionamentos complicados com os pais (alguns de nós mantemos viva esta última vertente como forma de não deixar a adolescência ir embora mt depressa, cof :x). Deixo-vos uma passagem que gostei:
"Tu és Eu, mas, quando falo contigo, parece que és outra pessoa. Quantas pessoas haverá dentro de mim?" (pag.67)
E ando viciado numa música completamente parva chamada Get Out da Jojo (inventam com cada nome hoje em dia) vá-se lá perceber... eu já nem tento limito-me a ouvir a música lol.
Espero que estejam todos bem e até breve!

segunda-feira, setembro 20, 2004

Sonolencia e afins

Voltar à forma que se tinha antes das férias nem sempre é tarefa fácil, eu que o diga que estou aqui de rastos depois de retomar a natação. Literalmente parece que me passaram com um camião por cima!!!
Hoje tive um sentimento estranho de saudade ao entrar na faculdade, não saudade imediata, mas uma saudade futura. Aquele estranho sentimento de que vou ter saudades da faculdade quando terminar o curso, como se este fosse o último patamar para passar a ser um adulto. Claro que não morre a criança que há mim, não pode morrer, mas parece tão diferente imaginar o próximo ano e a faculdade não fazer já parte integrante do mesmo ou pelo menos eu não tenciono ficar a acabar o curso eternamente, a ver vamos...
Pergunto-me se vivo as coisas cedo demais, mas por vezes penso que é apenas uma forma de tentar evitar o chamado factor surpresa, poderá ser também a minha forma de ter desculpas para não seguir o caminho X ou Y, para não arriscar tanto como deveria e, se calhar, não viver tão intensamente como seria normal para os meus 22 anos. Poucas coisas terão sido bem feitas, mas o incutir de responsabilidade foi o maior sucesso dos meus pais...
Não se pense que isto faz de mim uma pessoa triste, pelo contrário, mas por vezes questiono-me como seria faltar um dia ao trabalho, apanhar uma bebedeira, fumar qq substância estranha, as coisas tão comuns nas pessoas da minha geração. Rapidamente me apercebo da minha incapacidade para tal, sou diferente, sempre o fui e hoje, mais do que nunca, tenho orgulho de tudo o que sou, das qualidades e defeitos, das coisas bonitas e feias, dos fortes e fracos, resumindo de mim!
Talvez por isso esteja preparado para outras coisas, outros níveis. Preparado para sentir e viver mais calmamente e apreciar as pequenas coisas que fazem desta vida um Ordinary Miracle!
Volto à ansiedade de receber uma mensagem, de olhar para o telemóvel à espera, mas numa espera que não poderia saber melhor... e isto sou eu! World Here I Am!!!!! ...................

domingo, setembro 19, 2004

I don´t know why i frightened...

Porque será que temos medo de coisas por que já passámos na nossa vida? Medo de que um gesto errado, de uma frase que possa não ser adequada, tanto medo de desfazer sonhos que nem se criaram ainda... Será o medo de parecer demasiado humano? demasiado falível? Como se ninguém podesse gostar de nós como somos, com os nossos erros, com as nossas falhas, os nossos pontos fracos. Temos tanta tendência a pensar que estes são maiores do que todas as outras qualidades que tb fazem parte do nosso ser que ficamos assustados, quase sem saber o que fazer.
Seria tão mais fácil não ter medo, tentar não saber o sofrimento por onde já antes se passou e entregarmo-nos a tudo de alma e coração. Não que se deva pensar demasiado no que poderá acontecer no futuro, mas é difícil deixar para trás um passado que é tão nosso. Gostava apenas de dizer que gosto de ti, do que sinto quando estou contigo, da maneira como me fazes rir e da maneira como me pões à vontade. Gostava de dizer que não peço nada de especial, que deixei para trás todas as expectativas irrealistas de alguém perfeito e quero amar alguém real, mas será que tudo isso não te mete meto? será algo a que te queiras entregar?
Talvez não seja, talvez nem venha a dar em nada, mas obrigado por me lembrares que é bom ter estes momentos, que é bom partilhar coisas banais das nossas vidas e que essas coisas banais podem ser tão importantes. Obrigado por pores mais alguma alegria na minha vida e me fazeres sentir mais alegre, mais descontraído e, acima de tudo, por me relembrares como esta fase inicial de uma amizade ou algo mais pode ser tão agradável...

As If We Never Said Goodbye

Ando numa onde de músicas eu sei, peço desculpa, se tiver inspiração ainda escrevo um poema hoje para cá pôr... mais uma música linda... pelo menos para mim

I don't know why I'm frightened
I know my way around here
The cardboard trees, the painted seas, the sound here...
Yes, a world to rediscover
But I 'm not in any hurry
And I need a moment

The whispered conversations in overcrowded hallways
The atmosphere as thrilling here as always
Feel the early morning madness
Feel the magic in the making
Why, everything's as if we never said goodbye

I've spent so many mornings just trying to resist you
I'm trembling now, you can't know how I've missed you
Missed the fairy tale adventure
In this ever spinning playground
We were young together

I'm coming out of make-up
The lights already burning
Not long until the cameras will start turning...
And the early morning madness
And the magic in the making
Yes, everything's as if we never said goodbye

I don't want to be alone
That's all in the past
This world's waited long enough
I've come home at last!

And this time will be bigger
And brighter than we knew it
So watch me fly, we all know I can do it...
Could I stop my hand from shaking?
Has there ever been a moment
With so much to live for?

The whispered conversations in overcrowded hallways
So much to say not just today but always...
We'll have early morning madness
We'll have magic in the making
Yes, everything's as if we never said goodbye
Yes, everything's as if we never said goodbye...
We taught the world new ways to dream!

Para quem já pisou um palco ou para aqueles que simplesmente admiram a arte da representação, esta música representa muita coisa e muitos sentimentos da vida de uma pessoa do mundo do espectáculo.

sexta-feira, setembro 17, 2004

Ordinary Miracles

Esta é uma música linda e cuja letra me diz mt, espero que gostem. Como não poderia deixar de ser é da Barbra Streisand e faz parte do Cd do concerto ao vivo que ela fez em N.Y.

Change can come on tiptoe
Love is where it starts
It resides, often hides
Deep within our hearts
And just asPebbles make a mountain,
Raindrops make a sea,
One day at a time
Change begins with you and me,

Ordinary miracles
Happen all around,
Just by giving and receiving
Comes belonging and believing,
Every sun that rises
Never rose before,
Each new day leads the way
Through a different door,
And we can all be quiet heroes
Living quiet days,
Walking through the world
Changing it in quiet ways,

Ordinary miracles
Like candles in the dark,
Each and every one of us
Lights a spark,

And the walls can tumble
And the mountains can move,
The winds and the tide can turn,

Yes, ordinary miracles
One for every star,
No lightning bolt or clap or thunder
Only joy and quiet wonder,
Endless possibilities
Right before our eyes,
Oh, see the way a miracle multiplies,

Now hope can spring eternally
Plant it and it grows,
Love is all that's necessary
Lovin', its extraordinary
Why,
Makes ordinary miracles every blessed day.

quarta-feira, setembro 15, 2004

psicologia caseira

O que fazer quando alguém de quem gostamos parece estar em completo desespero? Quando notamos que confia em nós porque desabafa e liberta algumas emoções, mas não nos permite ao mesmo tempo aquele aconchego de um abraço, de um toque? Mais do que tudo isso, como saber o que dizer? o que fazer? De cada vez que passo por estas situações sinto que por vezes o silêncio é de ouro, que o melhor que podemos fazer é ouvir, compreender e ser empáticos. Por vezes essa solução é melhor do que usar frases chavão, mesmo que essas sejam por vezes as mais reais, afinal tudo não passa de um mau momento... e lá diz o ditado, não há mal que dure para sempre... resta-nos o tão grande gesto de simplesmente estar lá e ouvir!

Uma das minhas fotos favoritas em Espanha (a caminho do parque de campismo vindos de Huelva) Posted by Hello

A praia da Rocha vista da Marina Posted by Hello

uma das estátuas do Fiesa (vejam no post antes das fotos o que é o Fiesa) Posted by Hello

Eu e a minha prima na festa de anos da minha Mãe em Lx Posted by Hello

A entrada do parque Posted by Hello

O parque de campismo em espanha Posted by Hello

A nossa caravana Posted by Hello

Here I am

Pois bem, as férias do trabalho terminaram embora as da faculdade continuem por mais umas duas semanas, a natação recomeçou hoje mas só me lembrei disso há bocado, começo mesmo bem... mas as férias foram boas, entre idas à caravana que tá em Espanha e ao Fiesa em Pêra (Algarve), para quem não sabe é uma exposição de esculturas de areia, o tempo passou-se sem grandes sobressaltos. Deixo-vos algumas fotos que tirei lá ;)

terça-feira, setembro 14, 2004

de volta...

sabem aquela história do fulano que pergunta para o outro
- Onde vais?
- Vou para a festa!! responde-lhe o outro todo contente
e passado umas horas...
- então? de onde vens?
- venho da festa... responde-lhe o outro triste...

pronto, eu venho da festa... das férias, e queria mesmo mais, lol. Mas venho bem, venho descansado e na realidade nada mudou ;)

Até breve a todos

quarta-feira, agosto 25, 2004

Mi Voi

E pronto, para quem não saiba estou de partida e só volto daqui a duas semanas. Se por acaso for à net ponho notícias aqui que o dinheiro tá parco para andar a mandar sms a toda a gente, sorry lá, lol. Espero que fiquem todos bem e que tenham todos mta sorte caso façam exames e coisas afins.

Fiquem todos bem
Jokinhas


terça-feira, agosto 24, 2004

uma coisa como outra qualquer

Tanto tempo esperara para demonstrar um simples afecto que sentia quase como se o tivesse esquecido. Estavam ambos deitados na cama, de lençois adocicados pelo cheiro do perfume de Pedro, agarrados como se o tempo pudesse fugir. E fugia. Haviam perdido tantas energias na tentativa de esconder os seus sentimentos que parecia que pouco sobrava para se amarem. Mário pensava, com uma ira que crescia baixinho, de dia para dia, porque teriam de esconder um sentimento tão bonito, algo que sentiam dentro de si como sendo correcto. Poderia ser que o amor podesse ser algo errado? Como seria possível ter de esconder algo que, nas suas almas, parecia tão claro como a própria água que corria nos rios? Não compreendia, mas não queria perder um só minuto do seu tempo com Pedro nesse tipo de divagação. Queria amá-lo! Saberia ele o quanto o amava? Teria ele dito vezes suficientes para que não ficasse em dúvida o que corria nas suas veias? Encostado ao seu ombro, afundado de nariz no seu pescoço, Pedro dormia um sono profundo. Mário afastou-o pousando-o delicadamente na almofada, precissava de o observar. A luz era ténue no quarto, mas conseguia ver perfeitamente cada linha do rosto do seu amado e como ficava bonito enquanto dormia, recuperava o ar inocente que se vai perdendo no tempo, pelas situações que a vida nos trás. Beijou-o, mesmo sabendo que isso o iria acordar, não resistiu. Pedro respondeu-lhe com um sorriso e Mário, passado uns instantes, percebeu que deixara de respirar, aquela beleza ainda hoje o parecia encantar. Aquele sorriso, a expressão de uma cara que nunca mais ousara esquecer mesmo quando anos mais tarde se lembrava daqueles momentos, era como um encantamento, uma magia, que não conseguira nunca apreender. Mas nem tudo é feito para ser compreendido, nem tudo é feito para pensar e foi assim, enquanto olhava para aquele que seria o seu companheiro, a sua cara metade até que a morte os separasse, que adormeceu num sono sem sonhos...

Alegria

Pois é, hoje acordei numa alegria esquisita, lol. Deve ser para compensar a parvoice de ontem, mas estou com aquela sensação de um dever cumprido. Só falta saber que dever é que foi... e mais uma vez a minha tia está de férias, uma semana com ela em casa, o que até tem sido agradável ;)
Definitivamente tenho que começar a ocupar melhor o meu tempo e este sábado adeus lisboa, olá Portimão, fériaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaassssssssssssssssss!!!!!!!!!!!!!!! WEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!! (ai de ti Marisa que digas que ando com frases bixas, lol)

segunda-feira, agosto 23, 2004

Tempos Passados

Como continuar a amar-te depois de todo este tempo?
Como mantenho viva em mim uma chama que há muito devia ter morrido?
Mas vivo, como quem nunca deseja morrer,
como quem nunca poderá desistir,
vives em mim! Chama intensa,
que não sabes como morrer,
que não sabes a quem te dirigir.
Amo-te sem nunca te conhecer,
conheço-te sem nunca te ver e,
no entanto, existes pela dor que crias em mim,
pelo tormento deste amor nunca esquecido
que muda tudo o que há dentro do ser.
São estes castelos de nuvens
que construo sem ti,
sem qualquer base de conhecimento,
sem alicerces...
Morres dentro de mim para me dar uma vida
que pensava estar morta,
vives fora de mim, num espaço tão longinquo que não me permite viver,
mas vivemos! Num espaço e tempo
que não nos pertence
num amor que nunca iremos realizar.
Hoje, como há tempos atrás,
seria capaz de morrer só pelo beijo,
pelo cheiro e toque,
que nunca me foi permitido alcançar...

Voltou a mim esta poesia morta, de cheiros intensos, de palavras esquecidas num canto qualquer, de um coração moribundo que chamais poderia adormecer..

quarta-feira, agosto 18, 2004

lembranças e coisas assim

Volto hoje a ti, esquecido.
A ti que tanto quis deixar para trás,
Dispo o casaco e sento-me
aguardando que digas alguma coisa,
mas nada, nem uma única palavra!
Pensar que a alma poderia falar
é como uma criança que sonha,
acreditando num mundo melhor...
Porém estiveste sempre aí,
calada, muda, desprezada por mim,
quase esmagada pela loucura.
A vontade de uma libertação imatura
que nunca poderia existir,
pelo menos nunca da forma por onde segui,
pelos caminhos escuros que esquecem,
esquecem valores, pessoas, sentimentos,
mas sobretudo que se esquecem de ti.
Mas tu és mais do que uma moda,
és uma forma de ser, de existir,
serás talvez para sempre apenas minha,
a minha idealizada forma de amar...


Porque há altura que voltamos atrás, que pensamos em tudo o que fizemos para fugir a algo que quase nos corre nas veias e chegamos à conclusão que nunca deveriamos ter tentado seguir por tal atalho. Terá valido a pena? Talvez, sempre se ganha experiência de vida, como costumo dizer, tudo vale a pena se envolver alguma aprendizagem. Aprendi, aprendi principalmente que desejo um tipo de amor que não se encontra parando em camas diferentes em tão pouco tempo. Talvez nunca o encontre [ao amor verdadeiro], é um facto, mas também não consigo esquecer a possibilidade dele existir...

sábado, agosto 14, 2004

Verão

Areia, ondas, mar... as férias (ou semi isso) começam a fazer-me bem, até já tou morenito :D

sexta-feira, agosto 13, 2004

Ally Mcbeal

Pois é, não resisti e ando a sacar os episódios da série! Nada como reviver as aventuras (e desventuras) desta personagem que eu gosto imenso. Lembrei-me também do cd que tinha da banda sonora da série, cantado pela Vonda Shepard e, em especial, de uma música que adoro do cd que se chama: I Only Want To Be With You. Claro que nada bate a música do genérico da série (Searchin'My Soul), mas esta é uma música de amor mesmo muito bonita, deixo-vos a letra:

I Only Want To Be With You
written by Mike Hawker & Ivor Raymond

I don't know what it is that makes me love you so
I only know I never want to let you go
'Cause you started something, can't you see
That ever since we met you've had a hold on me

It happens to be true
I only want to be with you

It doesn't matter where you go or what you do
I wanna spend each moment of the day with you
Look what has happened with just one kiss
I never knew that I could be in love like this

It's crazy but it's true
I only want to be with you

You stopped and smiled at me, asked me if I'd care to dance
I fell into your open arms and I didn't stand a chance
Now listen honey, I just want to be beside you everywhere
As long as we're together honey I don't care

'Cause you started something can't you see
That ever since we met you've had a hold on me

No matter what you do
I only want to be with you
No matter what you do
I only want to be with you

há com cada uma...

You are DORY!
What Finding Nemo Character are You?

brought to you by Quizilla

quinta-feira, agosto 12, 2004

Um dia como tantos outros e no entanto...

Sabem aqueles dias em que parece que mentalmente estamos muito activos, mas o corpo não responde? Pois, hoje é um desses dias, se me envolvesse em qualquer coisa acho que conseguiria ter um óptimo rendimento, mas o corpo tá numa moleza... acho que vou escrever, isso não exige mt da parte física. No entanto não é isso que me apetece, não sei o que me apetece fazer, que raiva LOL. Começo mesmo a achar que já não sei ter tempo livre... que nóia...

quarta-feira, agosto 11, 2004

Relembrar

Gravei quatro cds que me têm acompanhado nos últimos dias, Os nomeados dos Grammys 2004, Las mejores canciones del cine 1 e 2 e o cd da Stacie Orrico. O primeiro tem músicas muito actuais e que eu gosto bastante, os dois seguintes têm músicas que me relembram fases diferentes da minha vida, músicas que adorava antigamente e que já não ouvia a algum tempo. São daquelas músicas que nos põem a pensar em situação, pessoas, amores e que nos fazem bem, pelo menos a mim fazem. O último cd desperta uma vontade em mim de ir a cantá-lo no meio da rua, pronto, entusiasmo-me com a miúda será crime? Ela é maior não é? Ai, espero não entrar na onda da pedofilia :X Não quero ser notícia de telejornal, ihihihihi.
Pronto, já disparatei por hoje ao som de Gangsta´s Paradise (Mentes Perigosas remember?).
Com amizade me despeço (LOLOLOL)

segunda-feira, agosto 09, 2004

Um tipo de confissão

Segredos são palavras que soltamos ao vento na esperança que nunca entrem pelo ouvido de alguém, segredos são palavras proferidas baixinho áqueles em quem confiamos, na esperança que sejam um tumulo vivo... segredos, são coisas que esqueci com o passar do tempo, talvez pela vontade imensa que tenho de gritar. Isto seria um tipo de confissão, não fosse escrita num blog, numa página aberta ao público e, pensando bem, qual público? Enfim, não foi esta a minha vontade de escrever. A vontade vem de um desejo imenso que parece crescer baixinho, como se fosse um segredo, dentro do meu ser. Esta solidão que consome os sonhos que nascem em plena alma que me pedem que encontre alguém que possa amar... mas como? onde encontrar um sonho tornado realidade? uma ilusão que vive apenas na minha mente? A confissão: um homem perfeito. Seria aquele que de uma forma qualquer me dissesse ao longo do dia que se lembrava de mim, que me fizesse surpresas, com quem podesse dormir sossegado, tranquilo e, acima de tudo, seguro. Seria um homem inteligente, não em demasia para que não me fizesse sentir estúpido, uma pessoa culta que tivesse alguns gostos parecidos aos meus (mas não todos para podermos ter identidades bem distintas). Seria aquele que me faria rir, chorar, corar, brincar, sorrir, que me fizesse amar.
Dizem vocês que o que desejo é um porto seguro! Bem, talvez, talvez seja apenas aquilo que não tive até hoje ou que se tive não soube aproveitar. O mais estúpido é o que vivo dentro de mim quando estou com alguém, um medo secreto de perder o que nunca se sente como seguro, uma tentativa de ser melhor do que sou sabendo que isso apenas me tornará um pouco mais parvo, mais inseguro... enfim, começo a pensar se o amor se esqueceu de mim ou se fui eu que nunca soube como o deixar entrar... continuo à espera que a campainha toque um dia e que ao abrir a porta tenha à frente um príncipe encantado, um sonho tornado real, feito de carne e ossos e um coração que saiba palpitar. Acima tudo um homem que saiba para que serve este órgão que bate várias vezes num só minuto e que se preocupe em saber como o usar... apenas sonhos? Bom, matem-me por ser um lunático ou então deixem-me sonhar...

quinta-feira, agosto 05, 2004

E pronto, fériasssssssssssssssssssss

Pois é, nunca se está realmente de férias até se saber as notas todas. Hoje soube as que me faltavam e está tudo feitinho, weeeeee. Melhor ainda foi ter ficado com uma média de 14,6 este ano, o que é mt bom para os meus objectivos, vamos lá ver... Pronto, eu sei que é egocêntrico mas apeteceu-me partilhar.

Boas férias a quem está de férias e bom trabalho aqueles que, como eu, têm desta coisa...
Jokinhas

P.S.- e as duas primeiras semanas de Setembro vou mesmo de féria, para longe... lol. As primeiras férias verdadeiras que vou ter em 2 anos... finalmente! lol.

quarta-feira, agosto 04, 2004

Moon River - Barbra Streisand

É sabido que tenho uma certa tendência para gostar das músicas desda senhora, mas ultimamente voltei a esta, uma letra muito simples, uma música pequena, uma beleza enorme...

Moon river, wider than a mile
I'm crossing you in style someday
You dream maker
You heart braker
Where ever you're going i'm going your way

Two drifters of to see the world
There's such a lot of world to see
We're after the same rainbow's end
Waiting round the bend
My huckleberry friend
Moon river and me

domingo, agosto 01, 2004

O que poderia ser o início de um livro e nunca foi...

Como dizer-lhe que não queria mais? Que aqueles movimentos tão ocos de sentimento lhe causavam uma sensação de enjoo, tão vazios que eram de significado... Queria libertar-se da futilidade em que caíra, mas que era tão viciante... não conseguia, já tantas vezes o tentara antes, tantos insucessos, estes quase já tão ocos como os próprios movimentos.
Pedro chorava, não que caissem lágrimas dos seus olhos, mas por dentro mais um pouco se partia, se afogava. Relembrava com saudades os velhos tempos em que soubera o que era amar, em que vivera essa emoção. Sentia agora como se não soubesse mais amar, como um adolescente que descobre o próprio corpo, que encontra a sua alma. Alma? Como esta perdera o seu sentido pelo tempo, gasta em tantos desamores, esvaída de cor, de sonhos, aqueles sonhos que mantêm vivo o ser. Não é que não sonhasse, sonhava! Mas mesmo estes sonhos pareciam ser em tons de sépia, antigos como o próprio corpo que os continha.
Acordou com o barulho do telefone, aquele som que nos rouba de um espaço quase espiritual, sem objectos, sem forma ou consistência. Atendeu, do outro lado uma voz metálica sua conhecida, era a mãe "Pedro ainda a dormir a estas horas?" perguntou-lhe ela com um tom quase de castigo. "Mãe estive a trabalhar até tarde, não me chateies tá bem?", "Pronto, pronto, que bom humor... realmente és igualzinho ao teu pai!". A ironia e reprovação contida nas palavras saturavam-no, cansado desta monotonia repetitiva, sem graça. Desde que se separaram que o Pedro não aguentavam estar muito tempo com qualquer um dos pais, fartava-se das constantes acusações agudas que lhes saíam boca fora, até porque quando se cansavam de se acusarem um ao outro viravam-se para ele, que falta de paciência... Era por este motivo que pensava cada vez mais que nunca haveria de casar. Não que na realidade este facto fosse muito provável, sendo bissexual sempre tivera mais tendência para sentir-se atraído pelo corpo masculino, e como tinha saudades de estar protegido em braços fortes. Fazia hoje três anos que estava sozinho, três anos em que soubera, naquele fatidíco dia, da traição do Miguel. Nunca tinha chorado tanto como nesse dia, lembrava-se de ter chegado à faculdade e ao encontrar a Cátia, sua amiga desde do primeiro ano do seu curso de línguas contemporânes, agarrou-se a ela e chorou. Demorou cerca de vinte minutos até se acalmar sentido-se irritado pela demonstração de emoções que acabara de viver em pleno bar da faculdade. Pouco se importava, já antes tinha aguentado a má lingua e sabia bem como se defender. Tinha acabado o curso há um ano, mas nunca conseguira esquecer este dia. Ainda hoje Pedro sentia que esta ferida estava aberta, havia ainda muita mágoa e aprendera que o ditado estava errado, o tempo não cura tudo e nem todas as feridas podem ser fechadas. Percebera que estas feridas eram, por vezes, o que nos fazia sentir vivos, relembrar-nos a nossa condição humana. "Pedro???", durante minutos a mãe falara e ele não ouvira uma só palavra, também não se importava "mãe, ligou-lhe depois" e desligou, sem esperar por uma resposta.
Agora acordado na sua cama pensava como havia de terminar a relação "colorida" que mantinha com o João, não que esta não fosse agradável ou que o João não fosse uma pessoa especial, mas não aguentava mais esta situação, estava cansado de não construir nada, de não avançar. Queria assentar, queria um futuro ao lado de alguém que fosse mais do que um corpo deitado na sua cama, queria... tantos sonhos que afinal ainda existiam por realizar. Sentia neste momento que não iria levar esta situação por muito mais tempo, não iria aguardar, como tantas vezes o fizera, por uma chamada que dissesse "vem ter comigo, tenho saudades tuas". Sabia, como sempre o soubera, que isto significava satisfazer as carências do João e, pela primeira vez em muito tempo, respondeu "Não!".

quarta-feira, julho 28, 2004

Finalistaaaaaaaa!!!!!

E pronto, sou finalista do meu curso... o tempo passa depressa e nós com ele... Ainda não sei onde irei parar para estagiar, mas está entre uma de duas opções, ou vou para o IPO ou para o centro de saúde de Sacavém, a ver vamos...
Até agora as notas têm sido fixes, mas ainda faltam saber três... e a que me assusta mais, Sistémica, brrrrrr.
E tenho mesmo de começar a aproveitar o Verão, antes que se acabe outra vez... praiaaaaaaaaaa, sol, mar...
e vocês que se dão ao trabalho de acompanhar as minhas loucuras vejam lá se comentam, tb gosto de saber coisinhas sobre vocês, de qualquer forma obrigado pela paciência.

Beijos a todos e boas férias (para quem já está ou tem férias, se não, bom trabalhito :D)

quarta-feira, julho 21, 2004

Perdido

Gostaria de um dia escrever como tu!
Fazer das palavras tantos sentimentos,
perder-me para não me encontrar,
encontrar-me perdido sem me achar!
Queria sentir que descanso,
neste cansaço em que não sei relaxar,
nesta energia que não sei controlar,
apenas parar! Desligar o botão e ficar,
um pouco mais perto, perto do mar.
As ondas que lembro com esta saudade
desses tempos de mocidade,
tão distantes, tão leves e frias,
tão minhas, reais possuídas...
Chegou a hora de acordar, voltar,
esta é a hora  de deixar a penumbra,
de viajar sem terra marcada, sem horas,
partir sem destino marcado, sem pressa,
voltar para mim sem me encontrar,
encontrar-me, assim, sem me achar.
Quero viver sem renascer, quero esquecer
sem apagar, quero ir para ficar,
onde me esqueçam sem me deixar.
 
Pronto e assim começam as férias da faculdade e se acabam as do trabalho, que seca! lol 
 

quinta-feira, julho 15, 2004

Praia, férias, Verão

Ah, que maravilha o mar salgado
aquelas ondas que nos molham,
nos gelam até a alma, mas que,
contrariamente ao que pensamos,
nos sabem tão bem, são tão relaxantes.
Saudades da fina areia que se agarra
ao corpo molhado da brincadeira na água
das pessoas que descansam e dormem,
das crianças que construem os castelos
ou que simplesmente brincam numa poça...
Gaivotas com sons estridentes voam,
pairam sobre as nossas cabeças
como quem grita, é verão!
Sinto este cheiro que se aproxima,
o descanço, os dias longos de calor,
o sol que desce no horizonte
e as noitadas, até que chegue um novo dia
aquele em que volta a confusão,
a nova azáfama de um ritmo muito acelerado,
mas também tão necessário para esta regalia
que é o chegar de um novo verão, esta alegria
traziada por cada onda que molha o nosso corpo,
pela areia que numa toalha vem agarrada
até chegar à nossa moradia...

terça-feira, julho 13, 2004

Informações

Um pequeno aviso à navegação, eu não estou a namorar, nem estou sequer perto disso, ok? portanto façam o favor de voltar a "assediar-me" lol. Parece que as pragas funcionam, a minha deve ter sido rogado no dia em que nasci... but guess what, i'm alive and kicking.

E viva a sistémica e ao exame de quarta feira... e viva tudo e oh meu deus, lá vou eu again... lol

Catch me, as i fall, say you're here and it's all over now. Speaking to the atmosphere, no one's here and i fall into myself. This truth drives me, into madness, i know i can stop the pain if i will it all away... (para quem não saiba, Whisper - Evanescence)

Desencantos

Saudades dessa terra virgem que pisei,
sem saber tanto do seu valor,
sem perceber o quanto ela protegia
e queria voltar a vê-la só um dia.
De tantas vezes se partir não é já una,
não se parte o que já nasceu partido,
como não cresce o que não é para crescer.
Nasceu assim morto mais um novo dia, sem luz,
sem as cores com que preencho esta tela
como uma calçada gasta do caminho,
onde faltam já algumas pedras, uns desenhos,
desfeitos pelo quanto são pisadas estas vidas
geladas, sem assimetria, sem tempo que avance!
Porque são pedras já sem vida, sem o brilho
que tiveram quando foram esculpidas...
Assim parece ser agora o que bate dentro de mim,
que de uns tons vermelhos passou a roxo pelo frio.
Gelou nas minhas veias o que antes era o meu viver
como fugiste tu, neste preciso dia...

sábado, julho 10, 2004

Mudanças

E pronto, achei que sendo época de mudança uma inovação no blog não seria mal pensado e como tal... espero que gostem. E digam lá que não tou com ar de parvo nesta foto do post anterior, lol.

Jokinhas a todos, bons estudos e bons trabalhos

P.s. - alguma sugestão já sabem por onde ando, para quem não sabe os comentários são sempre bem vindo, usem-nos!

Foto recente Posted by Hello

sexta-feira, julho 09, 2004

bah, sou nada






You're the life of the party. You dance and sing, get up and do your thing... People want to be you. People want to have sex with you. You are inspired by the famous hollywood icons and embody everything about them. You have a very bountiful social life and love living it. You make the rules but remember, you're still just a kid at heart. And when life gets you down, strike a pose!


Take the Which Madonna Video Are You quiz.

quinta-feira, julho 08, 2004

contradições

Como pode este sentimento trazer
já consigo uma dose de tristeza,
de sofrimento causado pelo exterior?
Como podem fazer-me sentir culpado
por este sentimento tão lindo,
por algo que há tanto não acontecia.
Compreendam então que o amor aconteceu,
que não houve qualquer "traição",
que já de si a situação é tão complicada!
Não preciso de aprovação, de ser abençoado,
há mt que deixei de acreditar nisso.
Se não conseguem adaptar-se à minha situação
então a porta está aberta, não admito mais!
A vida é minha, o coração tb e mesmo
que não consiga mandar nele como gostaria
tenho-lhe todo o respeito, porque ele
é fonte de vida, de sentimento e agradeçam por bater
porque no dia que não bater, que eu não sentir
é o mesmo dia em que vos digo adeus!

Desta vez vai ser como eu quero, como o coração mandar, aconselhado pela razão, pela vida. Pode durar dois dias, uma semana, dois meses, um ano, não me importa. Não consigo dizer que não a uma possibilidade de ser feliz, mm que ela possa trazer sofrimento, sacrificio, porque acima de tudo, ela traz sentimento e esse é o que me mantém vivo.

Somewhere - West Side Story

There's a place for us,
Somewhere a place for us.
Peace and quiet and open air
Wait for us
Somewhere.

There's a time for us,
Some day a time for us,
Time together with time spare,
Time to learn, time to care,
Some day!

Somewhere.
We'll find a new way of living,
We'll find a way of forgiving
Somewhere . . .

There's a place for us,
A time and place for us.
Hold my hand and we're halfway there.
Hold my hand and I'll take you there
Somehow,
Some day,
Somewhere!

Esperar

Houve coisas que eu nunca soube fazer, esperar foi uma delas. Mas o que fazer quando esperar parece ser a única solução? Não falo de um esperar banal, mas do esperar por alguém, por algo que pode vir a ser muito diferente no futuro... esperar pelo que parece quase impossivel agora, mas tão real. Gostava de facto que não houvesse tanta diferença, que não houvessem todos estes "problemas" que podem ser uma grande dor de cabeça... gostava de não gostar, mas gosto. Irei eu começar mais um capítulo sinuoso da minha vida ou apenas um aposta que poderei vir a ganhar? só o tempo sabe... somente ele saberá...
É bom sentir de novo esta "comichão", espero apenas que não acabe num tipo de alergia que conheço muito bem! Daquelas que me partem aos bocados sem deixar grandes pontos de ligação, que me fazem criar remendos onde não existe já tecido... espero, desta vez e pela última, por ti.

segunda-feira, julho 05, 2004

E Força Portugal

Pois é, não vencemos mas como li algures, Portugal foi o justo vencedor deste europeu. Quanto mais não seja, pela organização imaculada que conseguiu realizar. Eles foi elogios, eles foi virem até cá para copiarem pro futuro, sim senhor! Mas Portugal foi também o vencedor pela união que consegui criar nos seus habitantes, em 11 milhões de corações... e pelo bom futebol que proporcionou. Como diz a música de Nelly, mais perto do céu...

Futebóis à parte, mais um trabalhito feito! Um por fazer e dois exames... ai que isto nunca mais acaba. Pior pior, é acabarem-se também as férias do trabalho, humpf! Mas pronto, continuo por cá para lutar.

E força PORTUGAL!

quinta-feira, julho 01, 2004

Férias.... quer dizer, mais ou menos

Ah, pois é! Do trabalhito agora estou de férias durante 15 dias WEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE. Mas fica-me uma questão, bem sei que tou em exames e trabalhos de grupo e tudo mais... mas o que se faz com este tempo???? MEU DEUS, HELP HELP HELP... bom, guess i'll just have to see what happens...

quarta-feira, junho 30, 2004

Vontade

Vontade de voltar a estas palavras
que por tantas vezes lá deixei
esquecidas pela dor e solidão
de quem prefere sofrer nessa escuridão.
Foram precisas simples palavras
proferidas numa brincadeira de criança
para acordar o que há muito já dormia.
Falta-te garra! Proferiram esses sons
que tão fortemente penetraram no meu ser,
como flechas que destroem à passagem
deixando um novo espaço por erguer.
E aqui estou, resultado do que vivi,
do que com o tempo destrui e permiti
que se fosse escondendo, evanescendo...
Necessitava deste abalo arrasador
para perceber o quanto já me perdera
pelos medos, pelo vicio deste conformismo
de quem faz de vitima por não saber
mais o que fazer, por se esquecer.
Esquecer de si, do seu valor,
mas pior que isso, esquecer a vida
que lhe foi nada pelo primeiro respirar,
é como quem não canta tendo o dom,
como quem não pinta tendo as telas,
como quem não respira o ar
quando este é tudo o que necessita...

Até que algo me possa vir a abalar
existe em mim uma nova sede de viver,
esquecida pelo medo de sofrer
de quem talvez não tenha tido a força
de lutar contra a maré quando necessário,
mas tem talvez apenas as mãos para nadar,
a si e nada mais, porque isso é tudo o que
necessita para avançar na sua vida,
pelo menos até ver...

sexta-feira, junho 25, 2004

Esquecido...

Pensava ter esquecido já esta capacidade
de sonhar como se fosse uma criança
perdida em tantos sonhos, fantasias
e cá estou de novo neste desilusão
de mais um sonho que não viu o dia,
que não se concretizou em extrema alegria
e apanho uma vez mais o que restou...
Anseio aquele que será novamente
o amor da minha vida, uma companhia
que saiba construir esta fortaleza
a que alguém chamou de amor um dia
e aguardo, com este desespero que aumenta,
com esta frustração de quem tem
toda uma vida para dar, mas não encontra
um coração onde possa descansar...
esta crença enorme, como qualquer
outra fantasia que habita no coração
de uma criança sonhadora!

terça-feira, junho 22, 2004

Metamorfoses

Momentos existem em que sentimos que mudamos mais em alguns dias do que em muitos anos da nossa vida. Estes últimos dias têm sido de mtas mudanças, mtas decisões, mts rumos a decidir... Não que seja uma escolha consciente, na realidade sinto que a maior parte disto se passou num nivel mais pré-consciente. Linguagem de psicólogo à parte (desculpem mas acho que se vai tornando hábito, mm sem querer, detesto falar "caro", mas pronto), as coisas acontecem sem que muitas vezes saibamos o porquê. Tou menos resistente à frustração, talvez mais preocupado com o que eu sinto e não tanto com o mundo que cai aos bocados lá fora... digo que os outros escolheram o "eu" com que queriam lidar, mas talvez seja eu quem escolho o "eu" que lhes quero dar.
E os exames tão à porta e cada vez mais me identifico com a música da Nelly, then i see you standing there, wanting more from me, and all i can do is try...
Gostava de amar quem me ama, mas não consigo, not anymore, já o fiz e não resultou bem, faço-o para nos proteger, para te proteger, mesmo que possas não acreditar. Falo ao vento que me ouve...
Tb tu já me perdeste, tu que tanto me tiveste preso em tuas mãos, tu que do longe fazia algo tão perto que quase ouvia o teu coração, decidiste um dia que não era como nós queriamos, mas como tu querias, que não teriamos o mesmo peso e medida para nos julgarmos, foi o dia em que me disseste sem palavras que eu era inferior e isso eu nunca fui... tb tu me perdeste no caminho...
Tu que és o dono da minha esperança, guarda-a bem, pois pouco mais resta para superar, dá um calor a um país que quase já gelou dentro de mim, dá asas a um passaro que pode e quer voar, nasce em mim como se este fosse o último dia...
I wish i haven't seen all of the realness, and all the real people are really not real at all... i'm all i'll ever be, but all i can do is try... try

Sim, sei que é um pouco incompreensivel, será para a maioria pelo menos, peço desculpa, mas era uma renovação necessária... tou mais leve agora, mais eu talvez, e que se faça um novo dia...

domingo, junho 13, 2004

A world for us...

este sentimento de não pertencer aqui, a este mundo... de não vir equipado com as ferramentes necessárias para resistir, para sobreviver... falta-me o instinto, a agressividade que nos protege de toda esta hostilidade... como vencer quando não nos é institiva a capacidade de nos proteger-mos, de reagir? Pior que tudo é a frustração que fica, de tantas coisas que poderiamos ter feito, de tudo o que não nos passou pela cabeça pela nossa apreensão... tantas vozes que nos relembram como fomos parvos, inuteis, fracos... doem-me os 100€ que se foram, dói-me a minha mala da puma tão novinha... mas mais que as duas coisas juntas, dói-me a alma, o orgulho e a vontade de continuar neste mundo de merda... tivesse eu a coragem que me falta e acabava com isto de vez, azar o meu que coragem é exactamente o que me falta...

quarta-feira, junho 09, 2004

O pequeno livro do medo

"E eu só tenho medo de ti, porque penso que tu não fazes parte de mim. Mas tu fazes parte de mim, como os meus ossos e os meus pulmões. Tu és o meu medo, porque é que não havias de fazer parte de mim? A coragem não faz também parte de mim? E o riso e as lágrimas, não fazem? De maneira que, olha, fica cá dentro e encontra um canto para te sentares. Mas cuidado: de cada vez que começares a abusar, vai haver guerra. Vou saltar, correr, espernear, lutar, falar, responder, perguntar, ou, muito simplesmente, pensar."
"... mas quem convence o corpo a não ter medo quando o medo acorda dentro do corpo?"

(cit. em Sida: eu e os outros, Vitor Claúdio e Maria Mateus)

terça-feira, junho 08, 2004

explicações

Como explicar-te o que se passa em mim
quando nem eu consigo perceber-me!
é como querer pintar um quadro fabuloso
sem conhecer as tintas, as telas, as cores.
Como dizer-te todo o medo que conheço
das várias vezes que não alcancei,
dos vários sonhos que nunca conheci...
Sou uma música ainda por compôr,
que não depende só dos outros, nem de mim.
Estagno por este medo de explorar
uma direcção diferente da que sonhei,
da que almejei por tanto tempo...
Como dizer-te que não faço parte desta moldura
que sou a fotografia de outros tempos,
que não apareço por não me conhecer.
Sou aquele que não é mas que vai sendo
o que não quebra porque já partiu há muito tempo
o que deixou para trás tanta coisa esquecida
que não conhece mais o seu caminho
que não sabe mais onde procurar, onde encontrar
todos estes sonhos que perdeu nesta jornada
que nunca quis iniciar...

domingo, junho 06, 2004

silêncio

Sinto palavras que não saem
turbilhões que se geram e se calam
emoções que se levantam e que caem
E assim sigo a cada dia, desmoronado
nestes sentimentos que vivem presos
nesta solidão tão acompanhada
que cega a quem rodeia, a quem ama...
Procuro formas de compreender-me
de perceber porque todos agem diferente
porque parece falhar comigo a intimidade.
Concluo que construo todas estas barreiras
que jamais consigo ultrapassar, que me vedo
com uma força frágil aos demais
que não vêem e que nem tentam ultrapassar
e fico aqui, perdido numa solidão
que fui eu quem construiu e que não quero
mas que também não sei como destruir
Tento perceber o que posso, o que tenho
tantas coisas que devem ser para mudar
mas que nem conheço, não percebo
que ninguém diz e todos calam
Talvez por isso eu diga tanto, talvez
por isso eu agrida pelas letras
só porque não sei mais formas de amar
porque não sei mais onde me encontrar...

...

Faltam-me as palavras, os sentimentos,
faltam-me coisas... que nem sei nomear.
Não sou hoje o que era no início
e nem sei como me posso encontrar.
Olho o céu, tantas luzes que nos chegam mortas,
e sinto como se também eu assim o fosse,
uma luz morta antes de brilhar!
ah! Doce tentação do desespero
da depressão de não acordar assim tão cedo,
de deitar para não mexer nem mais um dedo,
medo... dor... lágrimas quentes que me caem
de tantos anos sem alcançar, de falhar.
Não amo os que estão mais próximos
para me destruir nesta longitude,
sabendo que nem os mais próximos consegui amar.
Buracos tapados por pessoas do caminho
em que tão arduamente me tentava procurar...
Não foi apenas de um sentimento que desisti
não foi de uma pessoa, de um sonho,
foi de um mundo onde nunca me soube enquadrar!

terça-feira, junho 01, 2004

FELIZ DIA DA CRIANÇA

Porque todos mantemos uma criança dentro de nós e ela é tão importante à nossa sanidade mental, desejo a todos que tenham um dia super feliz e se possivel com prendinhas (eu não recebi nenhuma, snif)...

Have fun

P.S. - para os que sabiam, a apresentação correu bastante bem, afinal não me deprimi mm apresentando a depressão em crianças neste dia... lol

caminhos

Queria caminhar nessa direcção,
onde do escurso se faz luz,
onde da tristeza se constrói a alegria.
Queria só alcançar um pouco mais,
dessa tão desejada fantasia!
Fecho os olhos e fica escuro,
penumbra onde apareces tu,
promessa doutros dias mais felizes...
Nesta escuridão consigo ouvir-te,
as gargalhadas com que me brindavas
quando juntos partilhavamos mais um dia.
Recordo-te pelas saudades que me deixaste,
pelo vazio que ficou por colorir
quando pintavas todos os teus desejos
fazendo de mim a tua tela, o teu mundo.

quarta-feira, maio 26, 2004

Novidades

Pronto, não me apetece escrever coisas deprimentes nem coisas afins, como tal tenho a informar que nos links temos uma nova entrada. Trata-se de uma rádio do cotonete criada há já algum tempo por um grupo de 5 pessoas (uma das quais sou eu, pois claro, lol) e que pretendia demonstrar que embora sejam cinco gostos diferentes é possivel construir algo com qualidade e que possa, de alguma forma, agradar a todos. Espero que oiçam e que gostem da nossa selecção.
Outra novidade é que faço anos amanhã weeeeeeeeeeee, pronto tou a ficar velho, snif... mas pronto, sábado à noite temos festa, assim o espero.
E pronto, não tenho mais nada para dizer, até porque tou no trabalho e não convém ficar mt por aqui, até ao próximo post!

domingo, maio 23, 2004

sentimentos fortes

É um tipo de inércia que me ataca,
um sentimento de vazio que me consome,
este desespero sempre lento, em lume brando.
Perco em mim todo o sentido que já tive
e estou sem rumo, sem porto que me abrigue.
Foste a confirmação do que não quero,
do que não sou e não serei, do que já provei!
este vazio já morou em mim, outros tempos...
tempos em que as lágrimas me pareciam tão reais,
tão minhas, leves expressões molhadas do que sinto
e foi com elas que te lavei do meu sentir.
Mas faltam-me mais as forças hoje que outrora,
e cresce em mim esta tremenda apatia, este escuro
como quem olha mas não vê, como quem toca mas não sente
uma morte lenta, dolorosa e sem fim,
se ao menos tivesse a coragem para terminar-te.
Estou cansado, mas este cansaço surge diferente
devastador, muito potente, assustador
como se eu fosse uma criança impotente no destino.
Não quero mais continuar esta história sem capitulos,
este livro de desespero, sem preço e já tão gasto!
quero rasgar todas estas folhas escritas pelo tempo
começar de novo, em branco, em mil novas folhas
contar um percurso diferente, em que posso ser
tudo aquilo que não fui até agora, em que possa
só por um instante achar que vale a pena esta luta,
em que possa escrever que sou feliz!
e não apenas um pateta triste e cansado desta vida...

terça-feira, maio 18, 2004

Palavras Soltas

Sinto o vazio desses dias
em que nos partilhavamos.
Dias de sol e de chuva,
numa sinfonia que era nossa...
Fazes-me falta, dizia-te eu
na promessa de ser apenas mais um dia,
perdido nos lençois em que nos uniamos.
Não me dirigiste nem uma só palavra,
com a mesma alegria com que chegaste
assim partiste enquanto eu sonhava.
Chovia e eu chorava, talvez apenas
por companhia à triste água que caía.
Relembrava agora todos esses dias
em que não era uno, em que era mais
do que um ser perdido pela multidão.
Pergunto-me se pensaste mais em mim,
nem que fosse apenas um minuto
e se recordas ainda aquele momento
em que pelo acaso chocaste contra mim
no meio de um passeio...
Deixo-te aqui as palavras soltas
com que um dia construi esta moradia.

quinta-feira, maio 13, 2004


E mais eu... pronto, hoje deu-me para chocar o mundo e sair do anonimato, aproveitem ;) Posted by Hello

Este sou eu para quem não conhece ainda. Cuidado, esta imagem pode chocar todos aqueles que a fixarem por mais de 3 segundos Posted by Hello

Try - Nelly Furtado

Talvez porque me identifico com uma parte mt especifica desta música deixo-vos aqui a letra a ver se adivinham qual é! Boa sorte ;)

TRY
All I know
Is everything is not as it's sold
but the more I grow the less I know
And I have lived so many lives
Though I'm not old
And the more I see, the less I grow
The fewer the seeds the more I sow

Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try

I wish I hadn't seen all of the realness
And all the real people are really not real at all
The more I learn the more I cry
As I say goodbye to the way of life
I thought I had designed for me

Then I see you standing there
Wanting more from me
And all I can do is try
Then I see you standing there
I'm all I'll ever be
But all I can do is try
Try

All of the moments that already passed
We'll try to go back and make them last
All of the things we want each other to be
We never will be
And that's wonderful, and that's life
And that's you, baby
This is me, baby
And we are, we are, we are, we are
Free
In our love
We are free in our love

terça-feira, maio 04, 2004

Tempos

A noite chega lentamente
trás consigo uma leve dor
que me atormenta, me assusta
sem que consiga escapar-lhe.
A alegria foge-me como uma serpente
que se arrasta na areia quente,
quente pelas coisas que me escapam
pelas contradições que me habitam.
E custa sempre tanto esta nostalgia,
este sentimento intruso, indesejado
que não consigo perceber, aceitar!
Deito-me, então, à espera de um novo dia
com ele chegam outras emoções
outras pessoas, a esperança que me falta
quando ao final da tarde o sol desce
e se esconde atrás de uma qualquer colina...

Apostas

Às vezes fazemos apostas, corremos riscos, com medo do que pode acontecer mas é como diz o ditado, quem não arrisca não petisca! Hoje foi um dia de apostas, apostar em formatos diferentes, em novas formas de transmitir informação... and guess what? Funcionou. Falo de uma apresentação que fiz hoje para uma cadeira, mas na qual me recusei ao tradicional debitar de informação. Eu e o meu grupo gerámos o debate, ouvimos opiniões e apresentámos dados importantes, sempre num estilo mt informal, mt de conversa de amigos, partilha de opiniões. Foi mt gratificante! Fica-se sempre com a ideia de que não se disse tudo, as coisas não são tão estruturadas, mas no final o balanço é positivo. E pronto, também alguma coisa tinha de correr bem não é? Nem tudo é negativo...

quinta-feira, abril 29, 2004

Problemas

O que fazemos quando finalmente, após tanto esforço, percebemos qual é o nosso problema? Que fazer quando temos a chave mas não encontramos a fechadura? Pode parecer um pouco estúpido mas o facto de ter percebido novas coisas sobre mim apenas me pôs ainda mais impotente. Toda a minha vida tive uma resolução de conflitos muito eficaz, ou seja, eu não existo e assim não chateio ninguém. Não me obriguem a decidir porque eu detesto isso, não me perguntem que filme vamos ver porque por mim é qualquer um. Sabem o significado em psicologia de uma pessoa passiva? olá, mt prazer. Mas não é este o meu problema, chama-se mais pomposamente, falta de assertividade! Não, não é acertar em nada ou em ninguém, é tão simplesmente a capacidade de, respeitanto os direitos dos outros, nos conseguirmos impor, de fazer valer tb os nosso direitos, de uma forma reduccionista, de termos direito à nossa opinião e de a sabermos afirmar perante os outros. Por vezes é a simples capacidade de conseguir dizer não...
E aqui nasce o meu dilema, ok, agora sei qual é o problema, e faço o kê? Meto-me numa terapia que me ajude a desenvolver esta competência em falta? Condiciono-me que tenho que começar a dizer que não e a impôr um pouco as minhas vontades? Ou simplesmente espero, passivamente, que melhores dias cheguem?
Não tenho resposta a todas estas questões como não tenho tido a tantas mais que surgem ultimamente na minha vida. Começo a sentir um terrivel anúncio de uma depressão da qual quero fugir a sete pés, sinto que a minha vida tem sido um vazio demasiado grande ultimamente, sim, entendam-se anos... Não amei ninguém realmente e as pessoas que tive foram preenchimentos de espaços em aberto que cresceram ainda mais. Não quer dizer que não tenha amado, amei! Demasiado se calhar, pois parece que não restou em mim nem mais uma gota para dar... ou talvez nenhuma pessoa mais para me receber...
Amo hoje apenas os amigos, na minha estranha, mt estranha, forma de amar...

terça-feira, abril 27, 2004

Sentimentos

Um sentimento de desintegração
percorre o meu ser tão levemente,
como uma pena solta na agitação
de asas que se abrem amplamente.
Sinto-me longe deste mundo
a cada instante,
a cada dia que avança,
como se nunca dele tivesse feito parte.
E talvez não faça, porque me corrói,
mata-me um pouco mais a cada evento
sem possibilidade de retornar.
Mas nem aqui a raiva vem ver o seu triunfo,
apenas a tristeza invade um pouco mais
este reino há tanto perdido na maldade...
Humanidade que avanças em leves sobressaltos,
em fins marcados, aguardando pela morte
de ti vão-se os justos para ficarem os pecadores
de quem será um dia todo o mundo...
Perdidos, não eles mas nós, que não soubemos
avançar com a corrente, que não ousámos arriscar!
O sono invade-me, como se um sonifero aplicado
por uma seringa no meu sangue, e domina-me,
as palpebras pesam demasiado para as aguentar
e no fim de mais um dia sem aviso,
o mundo pára por umas horas a repousar.
Adormeço para não mais vir a acordar...

quinta-feira, abril 22, 2004

palavras

sinto-me perdido nesta nossa batalha
em que te ganho e perco a cada dia.
Cresce em mim um lento desespero
e fico impotente sem saber o que fazer.
Espero, avanço, canso-me mais que tudo
para obter resposta apenas quando te convém
Não percebes o que levas com os silêncios,
não entendes o que destróis com as palavras
e fico num impasse onde nunca quis ficar...
Dias vão e dias vêm sem que te perceba,
sem que te consiga conhecer um pouco mais.
Lanças frases que parecem ameaças,
que parecem pedidos de socorro
mas tantas vezes te salvei que já me cansa
e não encontro mais em mim essa energia...
Quero deixar-te mas não consigo!
quero amar-te e não sei como!
E, é talvez por não saber mais o que fazer,
que registo por palavras o meu abandono
foi neste dia que desisti de ti...

quinta-feira, abril 15, 2004

Saudades

Voltou, talvez ao seu verdadeiro ser, após tantas coisas que correram mal nos últimos tempos teve a sensação de estar em casa, de ter crescido, de ter paz. Em tão pouco tempo perdera duas pessoas, mesmo que não fossem muito chegadas eram alguém a quem já se habituara, que faziam parte da sua vida.
Acendeu um cigarro, já se esquecera deste sabor que o acalmava e ao mesmo tempo o levava a viajar... Quanto tempo teria passado desde que acabara o seu namoro com Pedro? Não se conseguia lembrar. Mais facilmente lhe ocorria o seu cheiro, o seu toque, saboreava agora em sonhos aqueles momentos em que ficavam juntos na cama ao acordar. O telefone tocou, aquele som frio e metálico retirou-o do seu sonho e sem se aperceber ficou aborrecido. Sim? Quem fala? do outro lado um silêncio, uma respiração pesada, em breves instantes ouviu a voz que conhecia tão bem... Sou eu, o Pedro.

quinta-feira, abril 08, 2004

........Lost.........

Sinto-me perdido, sinto-me triste, afinal que faço eu neste curso? A minha paciência falha-me quando mais deveria actuar e simplesmente já nem consigo insistir ou lutar. Não estás bem? Mas que se passa? pergunto eu demasiadas vezes, a demasiadas pessoas. Raios parta a mania de me preocupar... Nada, nada de especial, ou então, eu estou bem, até tenho andando bem, são normalmente as respostas que recebo e nem mais um virgula, nem mais um sentimento revelado. E pergunto-me o que fazer? Deixo andar porque as pessoas tb têm de se "resolver" por si próprias? Insisto para que falem, desabafem porque esta negação não é mais do que um pedido de atenção?
Desisto, maldita hora em que se lembraram de inventar o Homem sem se lembrarem de um manual de instruções... (e nem precisava de estar traduzido para português!).

Sinto-me triste porque nem aqueles que me conhecem, meus amigos e conhecidos, conseguem confiar-me os seus problemas. Nem estes conseguem sentir empatia para falar comigo... Serei demasiado critico? demasiado destruturador? Se ao menos eu tivesse uma luz do que faço mal... enfim, parvoíces! Tudo o que consigo escrever nos últimos tempos são parvoíces e acho que se não vou de férias ainda faço uma visita pormenorizada a alguma instituição de sanidade mental...