domingo, fevereiro 29, 2004

Reviver

Que saudades tinha deste imenso sentimento
desta alegria enorme em mim,
a música que se abre em cada movimento
e permanece mesmo até ao fim.
Danço sem parar até que se acabe a noite
para manter esta leveza no meu espirito.
E voltam os velhos momentos já esquecidos
que me trazem a vontade de ficar assim...
Agradeço pela companhia com que brinco
que me fez sorrir como antigamente.
Mesmo que tudo isto seja um sonho
ao menos numa noite vou dormir feliz!

São poucos os momentos em que sentimos que realmente gostam de nós e que gostam de estar connosco, hoje foi um desses dias, ou melhor, dessas noites. Aquele alegria de criança que nos fica pelo caminho dá-nos sempre uma grande paz quando volta a aparecer neste breves momentos e, por tudo isso, agradeço a por ter amigos que me fazem sentir assim. Thanks Gonçalo, Pedrocas e António por tudo aquilo que me diverti ;)

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Visões

Da raiva passa-se ao bem estar, e este é, um desses momentos. Quando não temos qualquer motivo, mas o nosso interior sorri como que por impulso, sem que saibamos qual é o seu estímulo... Era neste sentimento que gostava de morar, em que tudo parece tão mais fácil e possível, em que acredito que o amor pode chegar...
Não fecho portas, apenas me custa mais conseguir abri-las, mas eu não desisto de lutar, para todos aqueles que se preocupam. Pessoa entram e saem das nossas vidas levando por vezes pedacinhos que nos impedem de continuar a sonhar como antigamente, mas outras vêm que nos dão mais asas para voar! Este é o papel de todos os que me acompanham, nas alegrias, nas tristezas, mas que lá estão para quando não me conseguir equilibrar... a todos um obrigado especial, a todos dou o melhor que consigo de mim, do meu amor. Não se esqueçam de o pedir, de o usar, de o exigir se for preciso!
E pronto, agora que tenho dito espero que durmam todos bem, tenho saudades de todos os que estão, dos que perdi pelo caminho, dos que hão-de vir, e para todos há um cantinho no meu coração. Boa noite...

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Raiva

Ai que raiva que eu sinto, percorre-me a espinha e tem uma tremenda vontade de rebentar. A raiva que nos cresce quando somos os últimos a decidir a nossa própria vida, quando nem somos consultados... RAIVA. Que vontade de explodir e mandar tudo pro ***** que o pariu. Que sensação estúpida de impotência que não se pode evitar por se estar numa situação que tb não nos é possivel controlar...
Talvez seja uma frase usada em muitos outros sentidos, mas estou que nem posso! MESMO! Fosse eu uma pessoa diferente e já tinha vindo o tecto a baixo... por vezes espanto-me com a minha capacidade de controlo, ou será de estupidez? quando mais me calo mais me pisam e começo a estar tão farto disto... Quando poderei por fim abrir asas e partir, para um sitio onde não me moam a cabeça, onde posso ser eu, e só eu, a decidir...

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Desabafos

Penso nas palavras que me dizem e não compreendo o seu significado. Talvez sejam mundos que não me foram permitidos conhecer e que, por isso, não me façam muito sentido reflectidos nas acções que depois vejo nesta dura realidade. "Facilmente amável" me disseram um dia que eu era, mas eu não consigo perceber. Será sinónimo de facilmente abandonável ou usável?
É neste mistério que me perco, em que tudo começa por frases tão bonitas como tu és uma pessoa espectacular, mm impecável, e acaba com as frases tão bonitas do tipo mas não és aquilo que quero na minha vida... e pergunto-me de que me serve? ser o hipotético namorado perfeito mas que ninguém quer na sua vida?... são antinteses das pessoas deste mundo que não compreendo. Sinto como que se a minha vida fosse uma cassete, gasta pelo tempo, em que certas partes vivem do repeat (um botãozinho chato que parece ter-se avariado no meu leitor da vida...) e das quais não consigo aprender a desviar-me!
Ai como eu queria, conhecer um fim tão diferente, em que no inicio desta história eu não soubesse logo como iria terminar... em que eu não recebesse a fatidica mensagem que tanto me anima: "Mike desculpa, mas não dá mais...". E é assim que eu sou uma pessoa espectacular, uma pessoa quase perfeita, a quem faltou o quase para ser feliz... conheçam a maravilhosa sensação do ser "a melhor pessoa do mundo" a morrer de solidão...

terça-feira, fevereiro 17, 2004

Procura-se...

Procuro-te sem te encontrar.
Entro neste mundo mágico
sem ver nela a tua existência
e desespero, canso-me, triste de esperar.
Vejo que te perdes nessas tua confussão
na qual não me permites ajudar.
Procuro, talvez já sem esperança,
enquanto a força não me abandonar.
Anseio todos os momentos que tivemos
como aquele futuro desejado
mas sem esperanças do alcançar.
Olho tantas vezes pelo vidro da janela
na necessidade de te rever do outro lado!
Procuro-te... desejo-te... sonho-te
neste mundo que sozinho construí
uma vez mais nos terrenos movediços (do amor),
nesta aventura na qual não ousaste entrar,
neste mundo que não vieste a tempo explorar...

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Frases

Ontem ao falar com um amigo saiu-me uma frase que me soou muito verdadeira:

"Não me posso desiludir sem criar a ilusão. É como quem não se pode perder por nunca ter partido à aventura..."

Será mais fácil partimos à aventura? ou desiludirmo-nos mesmo sem criar a ilusão? Espelho esta minha confusão por sentir coisas que já não fazem mais sentido...

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Limite

Choro pelo cansaço que não partilho
Sinto por dentro esta doença que consome
Todas as energias que me restam
e como tal não durmo, não descanso.
Sou o acumular de situações que se mantêm
e não consigo rebentar, libertar esta tensão.
Tenho sono mesmo quando durmo
e cada dia parece o começar de um batalha.
Parto para um campo já vencido
e nem a alma destroçada pôde descansar...
Morro sem saber porquê, vivo sem querer morrer
até ao dia em que se acabe o sonho.

sábado, fevereiro 07, 2004

Saudades

Saudades desses dias de encanto,
das pequenas coisas que me fascinam,
que me fazem perder na fantasia,
essas crenças de criança em que tudo é possivel.
Escondo em mim a essência de outros tempos,
em que de cabeça me dava a toda a alegria
de acreditar em sonhos tão incertos
mas que afastavam tanto a solidão...
Perdido na minha imensa apatia vejo um mundo diferente,
diferente daquele que conhecia, que respirava
neste mundo não há sonhos, não há paixão,
mas tu apareceste, vindo de um nada distinto deste meu.
Vieste com um instinto salvador, como o gémeo que me falta
lembrar-me deste mundo de sonho, de amor
em que tão fielmente eu acreditava...
Permitiste-me ver que não morrera ainda,
não tirei de mim esta vontade, vontade imensa de vencer,
de amar por toda a eternidade.
Sei que algures, no meu interior, vive ainda essa criança
para a qual tudo é possivel, tudo é real...
para a qual o pôr do sol à beira mar
é ainda uma das suas grandes alegrias.

domingo, fevereiro 01, 2004

Alturas existem em que escrevemos páginas e páginas e não nos sentimos completos, em que lemos folhas e folhas e não percebemos nada do que lá está. Nestes momentos perco-me no interior da minha mente, nesse mundo escuro em que vejo ainda menos do que cá fora, penso em tudo o que está errado neste mundo e sinto-me pequeno... No meio dessa escuridão é onde tu apareces, cavaleiro andante na neblina, que tentas em vão aparecer em meu socorro. Perco-me, cada vez mais perco-me de ti, afasto-me desses sentimentos de alegria e jovialidade que me eram tão característicos, prendo-me talvez. Velhos tempos em que o coração viajava solto, sem estes pesos que o mantêm tão preso aqui... sinto-me frustrado pelo medo que não soube perder pelo caminho, este medo que se sente pelo ar quando se aproxima um novo amor, perco-me, sim esse é o sentimento, perco-me novamente nesta dor que me inspira e solta as palavras que há em mim... porque nunca sei o que sentir? porque nunca conheço o caminho a seguir? porque nunca estás aqui ao pé de mim... podesse apenas por um instante sentir que tens este sentimento enorme também por mim, podesse apenas por uns instantes aninhar-me no teu colo à luz de um luar...