terça-feira, maio 04, 2004

Tempos

A noite chega lentamente
trás consigo uma leve dor
que me atormenta, me assusta
sem que consiga escapar-lhe.
A alegria foge-me como uma serpente
que se arrasta na areia quente,
quente pelas coisas que me escapam
pelas contradições que me habitam.
E custa sempre tanto esta nostalgia,
este sentimento intruso, indesejado
que não consigo perceber, aceitar!
Deito-me, então, à espera de um novo dia
com ele chegam outras emoções
outras pessoas, a esperança que me falta
quando ao final da tarde o sol desce
e se esconde atrás de uma qualquer colina...

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