segunda-feira, outubro 26, 2009

Na distância

eu oiço o bater do teu coração, esse som tão meu que quase me cria dor a sua ausência, que torna doloroso cada respirar... em qualquer outro mundo nada disso seria importante, mas esse mundo nunca seria meu. E por vezes vem este vazio, uma vontade de existir sozinho, sem dependências e fios de ligação, sem medos. Um coração solitário que diz adeus ao conceito que sempre conheceu de nunca bater por mais nada que ele mesmo. Serás realmente meu e esta vida tudo aquilo que pensei nunca existir para mim? Ou apenas mais uma ilusão a que me agarro de forma cega, obstinada, com o medo absoluto de nada além disso existir. Ainda assim se algo acontecesse eu apenas seria capaz de desejar-te tudo de bom...

segunda-feira, setembro 28, 2009

Regresso

Como uma chuva que bate suavemente na janela e vai escorrendo até bater no chão. Como a vida, que por mais voltas que dê, acaba sempre e de uma única forma. O inevitável que vem sempre acompanhado do inesperado e mesmo assim esperamos sempre que aconteça. E a alegria na sua infenitude finita que em ciclos vai e vem alternando com a sua maior inimiga. Assim são também os momentos de escrita, uns que vêm e outros que vão, ao ritmo de ventos, de melodias, do bater de um coração. Muitas vezes acompanhados de momentos de lágrimas e tristeza. Para mim muito mais dos últimos do que dos primeiros. Talvez por isso não escreva. Estou bem e talvez queira ficar assim...

quarta-feira, junho 17, 2009

O pequeno Deus de tudo!

Diz quem sabe que é com a vida que aprendemos. Esta é uma meia verdade. É no decorrer da vida sim mas nem sempre directamente com ela per si. É sobretudo na interacção com os outros que tudo acontece. É com eles que rimos, que choramos, que sofremos, que amamos... e é nesse relacionamento que sentimos como somos tão pequeninos em relação ao tudo o que pode ser a simples soma de duas partes. Quando duas coisas podem ser iguais é talvez na altura que são mais distintas, mais distantes. Na realidade tudo gira à volta de um sistema de valorização. E o cada um de nós valoriza na mais pequena das situações pode significar um mundo para o outro. Eu tive mais uma licção de vida, mais um alerta do que nem sempre o que achamos ser o "normal" o é na realidade. Aprendemos como pequenas coisas podem criar grandes sentimentos, podem criar mágoas, podem criar desentendimentos. E também como as palavras por vezes são tão pouco para explicar algo tão grande, quase ao ponto de conseguirem atrapalhar-nos. E um momento mágico para nós pode ser uma seca para os outros, um convívio pode ser um aborrecimento, uma aventura um loucura... É tudo uma questão de perspectiva! Passei cinco anos a ouvir dizer que temos de conseguir pôr-nos no lugar do outro e quando pensei que estava um pouco mais perto foi exactamente quando descobri que estou longe... demasiado longe... Fica uma sugestão, perguntar! Porque dizem que não ofende e às vezes podemos não perguntar porque pensamos que já sabemos e isso, isso é na realidade o que menos sabemos!

terça-feira, maio 26, 2009

Back... to the game

Voltei! Estou por Lx novamente e com um pouco mais de vigor (não, não é o leito ok?). Entretanto também já veio uma pequenina ajuda do prémio anual weeee...
E tenho novidades! Não sendo assumido, já não vivo às escondidas da minha mãe (para bons entendedores meia palavra basta!)
I'm Happy, I'm getting old... Happy Birthday to me... :D
Já cá cantam 27 (por falar nisso, amanhã caso os meus anos lol. 27 anos a 27 de Maio)

terça-feira, maio 12, 2009

E finalmente aconteceu...

Finalmente fui promovido!! Contudo continuo sem perceber como consigo ser promovido ganhando apenas mais trabalho e nada de concreto. Mas verdade seja dita, ajudou à motivação, valha-me isso que ela bem andava pelas ruas da amargura. Estou contente e com novos desafios pela frente (e viva a ser gémeos e precisar de mudanças)... e estou quase quase a ir de férias. Que venha o SOL por favor!!!

domingo, abril 26, 2009

Números

Já várias pessoas me disseram que este ano está a passar a correr. Não podia concordar mais. A vida passa demasiado depressa. Deve ser por isso que deixei de gastar energia nas coisas do contra e passei a gastar mais nas coisas dos prós. Podia estender-me imenso sobre isso mas não quero. Quero apenas partilhar dois números. Dois simples números mas que tanto impacto fizeram na minha vida desde o ano passado. 10 e 8. Que têm de mais importante que os outros? Se calhar nada. Mas são dois acontecimentos da minha vida. Há 10 meses ganhei e há 8 meses perdi. Continuo a aprender a lidar com ambos, continuo a tirar lições e a crescer com ambos, continuo a viver porque essa é a nossa principal tarefa além de existir. Vivo em honra do que passou e do que virá, vivo pelos dois números e por mim (e mais umas quantas razões). Resumindo:
- Obrigado por fazeres parte da minha vida há 10 meses, isto é só o principio.
- Fazem-me falta os 8 meses que já não pude partilhar contigo e todos aqueles que já não virão mais, as viagens que ficaram por fazer, os planos que ficaram por realizar, mas fica também o imenso orgulho em ter durante a minha vida sido alguém protegido por ti. Rest in Peace.

Chuva...

Há um ditado que diz "Abril aguas mil" e quase já podia dizer que estou farto de chuva e de mau tempo e até há uns minutos atrás eu estaria plenamente convencido que sim. Mas existem momento em que o nosso intimo nos fala mais alto como uma pequena consciência que nos envolve. Não consigo fartar-me realmente da chuva e este facto é provavelmente devido a vários factores. Primeiro, adoro água e todas as actividades que envolvam este elemento. Segundo, adoro ouvir o barulho da água quando cai lá fora e vai batendo em diferentes tipos de materiais, os sons mais metálicos, os mais forte, os mais ténues que vão criando uma música tão especial. E por fim, o terceiro motivo prende-se muito com memórias e recordações. Porque a chuva nos acompanha ao longo da vida e por isso mesmo se torna uma companheira de momento, pessoas, situações! Recordo-me de várias, recordo-me com carinho. Nem todas são felizes mas todas são, sem qualquer sombra de dúvida, importantes. Sou de facto um ser amante do sol, adoro estender-me feito lagarto numa praia à chapa do sol (embora não nas horas prejudiciais), adoro o Verão, mas nada seria igual na minha vida se não houvesse a Chuva e muitos momentos não teriam tido o mesmo sabor se ela não tivesse estado presente.

segunda-feira, abril 06, 2009

Dar a mão

Houve momento em que pensei seriamente em dar-te a mão. Momentos em que te li triste, momentos em que te li perdida, momentos em que sei que era dos poucos que seguia e acreditava na tua fé. Sim houve momentos em que o quis fazer. Mas hesitei. Se calhar porque também não quis enfrentar o medo que podesses não querer mais que fizesse parte da tua vida, e se calhar não queres mesmo, mas existiram momentos em que quis voltar. Em que quis ocupar novamente esse lugar que no teu coração tantas vezes exigi e reclamei como meu. Verdades? Sim, as verdades podem ser confrontos, podem ser destruições. Se calhar ambos tinhamos verdades e ambos quisemos que a nossa fosse maior que a outra. E talvez ambas fossem, simplesmente porque eram nossas. Magoaste-me e eu sei que te magoei. E porém parece que nada disso foi suficiente. Continuas longe e a tua vida continua a passar sem que eu faça parte e isso magoa-me, sobretudo porque era um dos meus poucos portos seguros. Sim, fazes-me falta, como me fazem outras pessoas, mas tu sem dúvida de uma forma especial. Eras minha confidente, minha amiga, minha vizinha, minha companheira de choros e alegrias em vãos de escadas. Enfim... fazes-me falta.

domingo, abril 05, 2009

Perdido Algures

Nos últimos dias, ou semanas, tenho descoberto que não sou tão forte quanto pensava. Não que com isso queira dizer que sou fraco, mas sim, senti-me mais fraco. Acho que ando perdido embora não saiba bem de quê ou de quem... na realidade na parte pessoal nem me sinto assim tão mal tirando as saudades que não consigo ignorar. Na parte profissional, bem, vale-me alguns colegas que se têm tornado amigos com o passar do tempo. Estou sobretudo desiludido e não sei como dar volta a esta questão. Como continuamos a dar o nosso melhor por um "sonho" no qual já não acreditamos? Como continuar a viver um pesadelo que nos esgotou as forças? Espero encontrar uma qualquer solução ou formula que me deixe viver em paz.
O mais estranho porém é que quando conseguimos encontrar a força para quebrar (sim porque também para isso é preciso alguma coragem) o pensamento que surge é aquele com o qual não estavamos a contar. Sei, e soube desde sempre, que a situação do meu pai estava mal resolvida dentro de mim. Continua a estar porque não sei como libertar, mas nunca pensei que num momento de quebra ele fosse a única coisa que invadisse o meu pensamento. Apetecia-me gritar a plenos pulmões que ELE ME FAZ MUITA FALTA. E descobri que isto era a mais pura das verdades. Ele não me faz falta só porque era o equilíbrio da minha mãe em termos de vida conjugal, ele não me faz falta só porque sabia da sua experiência de vida mais do que todos nós juntos, ele faz-me falta só porque sim! Porque era o meu pai e porque mais ou menos próximos nós sabiamos do amor e orgulho que tinhamos um pelo outro... faz-me falta alguém que sinta esse orgulho em mim... Resumindo, fazes-me falta e eu ando perdido sem ti!

segunda-feira, março 02, 2009

Paneleirices

Num tempo em que tanto se fala de casamento e adopções já consegui ver, ouvir e ler mais disparates juntos que em toda a minha vida. Ou pelo menos da parte dela em que me sinto como ser pensante. Efectivamente as pessoas continuam a discutir os assuntos pelas partes erradas, conitnuam a falar de direitos da criança quando na realidade pensam no "nojo" que é a criança poder ver dois homens ou mulheres em actividades sexuais. Sim! Porque o traumatizante não é o acto sexual em si! É serem dois homens ou duas mulheres. Se for um homem e uma mulher está tudo bem! Aposto quase que deve ser educativo. E casamento? Essa então deve ser a paródia do ano! Na realidade é uma questão de força não é? Lá vêm as bixas roubar mais um poder único e supremo aos heterossexuais... valha-nos Deus que não só fez estas aberrações como ainda lhes põe ideias de querer casar. O mundo está perdido! E já agora, permitam-me a pequena questão, o problemas é porque um tem de fazer de mulher e outro de homem? É que na minha visão esses papéis não se põe num casamento, pensava eu na minha ingenuidade, que aquilo mais não era que um acto de amor. Mas infelizmente até o amor continua a necessitar de ser catalogado, é imprescindivel que seja entre um homem e uma mulher, todas as outras variantes são tipo bactérias de alta resistência que nenhum antibiótico consegue curar. Fora de brincadeiras mais triste que a tristeza que é em si este tema é uma pessoa ouvir nas notícias que os Estados Unidos e a China andam em aproximações diplomáticas e que a China é muito amiga desde que não a chateiem com os direitos humanos! CLARO! LÁ ESTÁ! Quais homossexuais ou heterossexuais, aqui o importante é que em 2009, sim 2009, se continue a utilizar os direitos humanos como moeda de troca entre diplomacias! Eu disse diplomacias? Perdão queria dizer uma outra coisa qualquer mais ofensiva. Direitos dos homossexuais? Como podemos nós discutir este tema se no Mundo em geral ainda nem se considera que todas as pessoas, sejam lá elas o que forem a nível sexual, têm direito a ser protegidas. Viva a China por ser como é e mais ainda os Estados Unidos (e todos os outros) por a deixarem em paz...

quinta-feira, janeiro 15, 2009

Desnecessário

Será desnecessário dizer que não me sinto assim tão mal? Ou deveria guardar o momento apenas para quando tivesse algo de que me queixar? Continuo a dizer, a vida deveria trazer um manual de instruções!