Saudades dessa terra virgem que pisei,
sem saber tanto do seu valor,
sem perceber o quanto ela protegia
e queria voltar a vê-la só um dia.
De tantas vezes se partir não é já una,
não se parte o que já nasceu partido,
como não cresce o que não é para crescer.
Nasceu assim morto mais um novo dia, sem luz,
sem as cores com que preencho esta tela
como uma calçada gasta do caminho,
onde faltam já algumas pedras, uns desenhos,
desfeitos pelo quanto são pisadas estas vidas
geladas, sem assimetria, sem tempo que avance!
Porque são pedras já sem vida, sem o brilho
que tiveram quando foram esculpidas...
Assim parece ser agora o que bate dentro de mim,
que de uns tons vermelhos passou a roxo pelo frio.
Gelou nas minhas veias o que antes era o meu viver
como fugiste tu, neste preciso dia...
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