quarta-feira, agosto 18, 2004

lembranças e coisas assim

Volto hoje a ti, esquecido.
A ti que tanto quis deixar para trás,
Dispo o casaco e sento-me
aguardando que digas alguma coisa,
mas nada, nem uma única palavra!
Pensar que a alma poderia falar
é como uma criança que sonha,
acreditando num mundo melhor...
Porém estiveste sempre aí,
calada, muda, desprezada por mim,
quase esmagada pela loucura.
A vontade de uma libertação imatura
que nunca poderia existir,
pelo menos nunca da forma por onde segui,
pelos caminhos escuros que esquecem,
esquecem valores, pessoas, sentimentos,
mas sobretudo que se esquecem de ti.
Mas tu és mais do que uma moda,
és uma forma de ser, de existir,
serás talvez para sempre apenas minha,
a minha idealizada forma de amar...


Porque há altura que voltamos atrás, que pensamos em tudo o que fizemos para fugir a algo que quase nos corre nas veias e chegamos à conclusão que nunca deveriamos ter tentado seguir por tal atalho. Terá valido a pena? Talvez, sempre se ganha experiência de vida, como costumo dizer, tudo vale a pena se envolver alguma aprendizagem. Aprendi, aprendi principalmente que desejo um tipo de amor que não se encontra parando em camas diferentes em tão pouco tempo. Talvez nunca o encontre [ao amor verdadeiro], é um facto, mas também não consigo esquecer a possibilidade dele existir...

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