domingo, março 12, 2006

James Blunt - Goodbye My Lover

Did I disappoint you or let you down?
Should I be feeling guilty or let the judges frown?
'Cause I saw the end before we'd begun,
Yes I saw you were blinded and I knew I had won.
So I took what's mine by eternal right.
Took your soul out into the night.
It may be over but it won't stop there,
I am here for you if you'd only care.
You touched my heart you touched my soul.
You changed my life and all my goals.
And love is blind and that I knew when,
My heart was blinded by you.
I've kissed your lips and held your head.
Shared your dreams and shared your bed.
I know you well, I know your smell.
I've been addicted to you.

(x2)
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

I am a dreamer but when I wake,
You can't break my spirit - it's my dreams you take.
And as you move on, remember me,
Remember us and all we used to be
I've seen you cry, I've seen you smile.
I've watched you sleeping for a while.
I'd be the father of your child.
I'd spend a lifetime with you.
I know your fears and you know mine.
We've had our doubts but now we're fine,
And I love you, I swear that's true.
I cannot live without you.

(x2)
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

And I still hold your hand in mine.
In mine when I'm asleep.
And I will bear my soul in time,
When I'm kneeling at your feet.

(x2)
Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.
You have been the one for me.

(x2)
I'm so hollow, baby, I'm so hollow.
I'm so, I'm so, I'm so hollow.

quinta-feira, março 09, 2006

domingo, março 05, 2006

Os Outros

É conhecido por todos a teoria que defende que ocorre uma desilusão grande nas crianças quando se apercebem que os pais não são os "Herois" que elas pensavam. Até certo ponto consigo compreender e concordar com esta teoria. Porém, olho agora para os meus pais e para outras pessoas que foram, e são, marcos para mim, e vejo que não é uma questão de desilusão. Ou pelo menos, não de desilusão para com eles. Acho que o que acontece é muito mais profundo que isso e que se mantém por toda a nossa vida. É um processo bilateral, reciproco se quiserem. Alguma vez se questionaram se somos os filhos que os nossos pais sonharam e projectaram que seriamos? As suas próprias desilusões quanto a todo o processo de criar um descendente?
E tudo isto me parece irrelevante... porque não se trata de desilusão realmente. Acho que o que acontece está na forma como conseguimos assumir os papeis destas pessoas mais próximas, que nos são mais queridas. Para aqueles que têm formação em psicologia compreendem facilmente se disser que se trata da forma como nos pomos na "pele" daquela pessoa e também muito da nossa empatia com ela. Quem não sente que os pais não têm sexo? Que mesmo sabendo por A + B que eles são pessoas normais, que não sente que eles são especiais, como se tivessem um super poder qualquer... E não, não é desilusão. É a dificuldade que temos em aceitar que são realmente pessoas como nós, que podem ter as mesmas dificuldades, os mesmos sonhos, os mesmos desesperos. Que são fracos em determinadas ocasiões e que metem a pata na poça tal e qual como nós... Custa-nos a aceitar que um dia aquela pessoa não vai lá estar... Mas se a criarmos na nossa cabeça como um ser de alguma forma "superior", torna-se mais fácil. Porque os pais não têm problemas económicos, não tem dificuldade em ultrapassar as dificuldades e têm sempre, mesmo sempre, que saber orientar-nos na resolução de problemas e situações dificeis. E para eles é tudo tão dificil como para nós. Talvez ainda mais dificil pela frustração de não nos poderem proteger de tudo e todos, por nos afastarmos pela necessidade de sermos nós próprios, com opiniões e desejos próprios... E se lhes fosse dada a opção, como nós os manteriamos sempre como os nossos heróis imortais, eles manter-nos-iam como crianças pequenas que podessem mimar e proteger daquilo que se torna o desafio a que chamamos vida. E se calhar o que todos deveriamos perceber é que é exactamente esta nossa mortalidade que nos torna seres únicos e que faz com que cada marca que deixamos numa pessoa, pelo mundo, é realmente o maior de todos os nossos tesouros...