O que fazemos quando finalmente, após tanto esforço, percebemos qual é o nosso problema? Que fazer quando temos a chave mas não encontramos a fechadura? Pode parecer um pouco estúpido mas o facto de ter percebido novas coisas sobre mim apenas me pôs ainda mais impotente. Toda a minha vida tive uma resolução de conflitos muito eficaz, ou seja, eu não existo e assim não chateio ninguém. Não me obriguem a decidir porque eu detesto isso, não me perguntem que filme vamos ver porque por mim é qualquer um. Sabem o significado em psicologia de uma pessoa passiva? olá, mt prazer. Mas não é este o meu problema, chama-se mais pomposamente, falta de assertividade! Não, não é acertar em nada ou em ninguém, é tão simplesmente a capacidade de, respeitanto os direitos dos outros, nos conseguirmos impor, de fazer valer tb os nosso direitos, de uma forma reduccionista, de termos direito à nossa opinião e de a sabermos afirmar perante os outros. Por vezes é a simples capacidade de conseguir dizer não...
E aqui nasce o meu dilema, ok, agora sei qual é o problema, e faço o kê? Meto-me numa terapia que me ajude a desenvolver esta competência em falta? Condiciono-me que tenho que começar a dizer que não e a impôr um pouco as minhas vontades? Ou simplesmente espero, passivamente, que melhores dias cheguem?
Não tenho resposta a todas estas questões como não tenho tido a tantas mais que surgem ultimamente na minha vida. Começo a sentir um terrivel anúncio de uma depressão da qual quero fugir a sete pés, sinto que a minha vida tem sido um vazio demasiado grande ultimamente, sim, entendam-se anos... Não amei ninguém realmente e as pessoas que tive foram preenchimentos de espaços em aberto que cresceram ainda mais. Não quer dizer que não tenha amado, amei! Demasiado se calhar, pois parece que não restou em mim nem mais uma gota para dar... ou talvez nenhuma pessoa mais para me receber...
Amo hoje apenas os amigos, na minha estranha, mt estranha, forma de amar...
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