segunda-feira, dezembro 31, 2012

às vezes gostava de ter pena, mas acho que até para isso o meu coração já gelou demasiado...
mais um ano a chegar ao fim e eu com a mesma sensação que há tanto por fazer...

quarta-feira, dezembro 26, 2012

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Simplicidade

Que saudades de acordar contigo por perto, sentir-te ali, abraçar-te e beijar em jeito de bom dia. Ainda nos vês assim, deitados no escuro? Ainda sentes a minha mão que acaricia a tua cara e te ama profundamente? Acho que no interior tudo está apagado em mim... já não há chama, já quase não há vida. Embora ela volte em momentos pontuais nunca é algo duradouro, nunca volta a habitar em mim.
Imagino-te pela casa, curiosamente em dias de calor, nu junto da banca da cozinha, vejo o teu corpo que sempre me fascinou, não tanto pela sua condição física mas pelo simples facto de ser teu! Apetece-me sempre acaricia-lo, beija-lo, amá-lo mais que à própria vida...
Mas esses são sonhos de outra vida, uma que já não é minha, talvez nem volte a ser. Sim, ainda acordo todos os dias com o desejo que aquele lugar a meu lado não seja só um espaço em branco, mas entre isso e a dor de perceber que o meu coração ainda pode sangrar e sofrer, fico sozinho enquanto conseguir sobreviver.

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Está a aproximar-se mais um Natal e na realidade comprei hoje o meu primeiro presente. Não que sinta necessidades de grandes compras, aliás elas serão escassas em mais um ano de crise e outro pior ainda que se aproxima. Mas sinto-me cansado. Às vezes confesso que me apetecia só desaparecer, ir para um sitio longínquo, começar tudo outra vez... mas são 30 anos e a energia já me vai faltando para isso. Sou o contrário das outras pessoas, quanto mais envelheço menos paciência tenho. Esta sim, uma realidade absoluta. E a vida tem-me ensinado tanto... talvez o mais importante é que a ser bonzinho só é bom nos filmes. Na vida real ser bonzinho serve apenas para ser sermos usados, abusados e tratados abaixo de todo o resto. A vida já tentou ensinar-me várias vezes que tenho de mudar. Tento resistir. Conclusão? Sou um grande atrasado mental!
E isto começou apenas porque se aproxima mais um Natal e sinceramente vão-se ***** com os vossos problemas, já me chegam os meus!

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Porque será que sinto que as histórias que me rodeiam são sempre tão grandes, tão sofridas, tão diferentes que me fazem sentir quase ingrato por me queixar das pequenas coisas que me assolam?
Sim, sou abençoado. Mesmo que não o sinta ou veja todos os dias, mesmo que reclame de tudo e de todos. Sou protegido, sei disso. E agradeço, se calhar não da forma devida, mas agradeço.
Oiço histórias de outrora e sinto que ainda tenho tanto para aprender, mas mais que isso, sinto que o ser humano tem uma capacidade de sobreviver que é deveras espantosa. De que outra forma se pode explicar que alguém que cresceu sobre a força do sofrimento e do mau trato, consiga sequer ser capaz de amar?
Obrigado por me alimentarem com histórias, obrigado por abrirem as mágoas dos vossos corações. Por de forma totalmente desprendida me darem tanto e me ensinarem a agradecer todos os dias a boa vida que tive e tenho.
Obrigado...

quinta-feira, dezembro 06, 2012

Será possível que ver o verdadeiro amor possa ser mais destrutivo que construtivo? Começo a sentir que não há nada que crie mais inveja, mas ao mesmo tempo mais sentimentos de tristeza nos que vêem de fora este acontecimento, estes dois corações que batem como um só...
E quando ao praticar o suposto "bem" o que recebemos de volta é apenas mais tristeza quanto tempo aguenta um coração até ceder? Até desistir de acreditar que o bem ganha sempre...

terça-feira, dezembro 04, 2012

Pensei várias vezes acabar com este espaço... fechar a porta e seguir em frente. Agora sinto que não preciso de me separar do que aqui vivi para avançar. Aliás, já avancei.
Embora me reconheça em tudo o que aqui está descrito, nas pessoas, nos sentimentos, nas vivências, já não sou o mesmo que era quando há mais de um ano atrás daqui saí pela, presumia eu, última vez.
Volto diferente. Se para melhor ou pior dirá o tempo... Verdade que existe o Facebook e todo um mundo social diferente hoje em dia. Estou lá presente como não poderia deixar de ser, mas aqui estou publicamente mais escondido. Sempre foi o meu Canto, o meu mundo. Se calhar mais perto do verdadeiro eu...
Aqui voltarei a ser o ser sensível que já tinha esquecido algures, aqui voltarei a rir e a chorar quando assim tiver que ser, aqui estarei sempre mais despido de máscaras, mais exposto, mas muito mais sincero do que em qualquer outro lugar.

Continuo à espera de muita coisa, mas não entendam por isso que estou sentado à espera. Mas de alguma forma continuo à espera de um grande amor, de trabalhar em algo que verdadeiramente goste, de me sentir mais autêntico e menos carneirinho no meio de outros tantos... Sei que hei-de lá chegar, sinto mais controlo em muitas coisas na minha vida. De alguma forma talvez mais força, mais assertividade...

Bem, talvez isto seja o meu regresso embora não possa prometer que me apeteça voltar a escrever tanto como antigamente. Sempre tive a sensação, mesmo que seja errada, que os "poetas" são obrigatoriamente pessoas sofridas, com pouca paz de espírito ou, pelo menos, que se encaixavam muito mal neste mundo. Já passei por isso tudo... poderei ser "poeta" e ser feliz?