quarta-feira, dezembro 01, 2004

Sons Silenciosos

Era ainda de madrugada, a chuva caía tão suavemente que parecia embalar o meu sono, os lençois quentinhos convidavam a manter-me na cama e, felizmente, era feriado. Neste estado de graça os sonhos entravam e saiam do meu sono como convidados sem experiência, umas vezes agradáveis outras vezes imperceptíveis. Procurei-te, estiquei o meu braço para te encontrar mas encontrei apenas o vazio quente deixado pelo teu corpo. Terias ido à casa de banho? À cozinha comer qualquer coisa? Sentia também um ratinho no estômago, tinha fome, mas só agora me apercebera disso. Contudo, a preguiça era maior do que eu e não me mexi. Adormeci rapidamente. Sem me aperceber bem como tinhas voltado, mas algo estava diferente! Não tinhas o teu sorriso encantador com que todas as manhãs me brindavas e a tua forma de falar estava bastante agressiva. Disseste-me para me levantar, tinhamos coisas muito sérias para discutir. Alarmei-me. Não espera uma notícia assim logo pela manhã, ainda por cima uma manhã que tinha amenamente começado com chuva, com tanta calma à nossa volta. Sentei-me na cama expectante do que irias dizer, por dentro parecia que todo o corpo tremia como se antecipasse uma notícia desagradável. Que me irias dizer? Que teria acontecido de tão mau assim para que me tirasses do quentinho da cama em que sabias tão bem que gostava de preguiçar. A tua cara continuava dura, com uma expressão tão rude que me fazia sentir com algum medo. Medo? Como poderia sentir medo de ti se não tinhas sido outra coisa se não um principe encantado para mim ao longo de todos estes anos? Algo não poderia estar certo! Foi então que finalmente falaste. Acabou! No meio dos meus balbúcios quase incompreensiveis saiu-me um o quê? Mas acabou o quê? Nós, foi a resposta que tive. De repente parecia que o meu coração não conseguia mais bater, um vazio sentido por dentro que me fazia sentir com uma estranha vontade de explodir. Perguntei: mas o que aconteceu? Nada, nem mais uma palavra saiu da tua boca para me explicar fosse o que fosse! Estava sozinho, perdido, misturado numa indefinição que não sentia como se fosse minha. Acorda, vá lá acorda. Uma voz entrou-me carinhosamente no ouvido. Então, que raio estavas tu a sonhar? Parecia que te estavam a bater! Um sonho, meu Deus, tinha sido apenas um sonho. As cores voltaram rapidamente à minha vida quando ao abrir os olhos te vi, com o mesmo sorriso com que sempre me brindavas pela manhã...

1 comentário:

celtic disse...

fofito,amor da minha vida...
sou da opinião que já só te falta dar um nome a estas pessoas, construir-lhes uma história de vida e desenhar o que vai acontecer a seguir na vida delas.. ;)
não te esqueças de te divertir pelo caminho!
qd publicares eu compro e ponho toda a gente a comprar :PPP
quanto ao que foi dito anteriormente e o trauma do fim das relações.. amori qd precisares de ajuda eu conheço uns psicologos desempregados mto jeitosos ;) lololol
beijinhosssssssss gajo bom