Foi no silêncio de tudo aquilo que não dissémos
que te perdi ao reclamar a tua indiferença.
Tantas vezes pedi que me dissesses
tudo aquilo que te ia pela cabeça,
o que sentias, o que amavas, o que temias
mas o teu silêncio foi maior que o oceano
e foi criando em mim o desespero.
E sei hoje que foi talvez amor o que sentias,
um amor proibido por tantos que te rodeavam
e que por um só era reprimido...
E eu era uma ameaça e talvez um desafio,
era uma espécie de fruto proíbido, o intocável.
Foi então que te aproveitaste de uma situação
para concluir com a ameçava que eu representava,
ficaste na sombra largando-me a um abandono
que sabias que me levaria a dizer tudo,
tudo aquilo que eu não queria!
E assim criaste o monstro em mim,
e assim criaste o teu próprio alibi.
Foste embora deixando-me no vazio desta lembrança,
de outros tempos felizes que vivi
contigo, convosco a meu lado.
Hoje vejo tudo à distância e sinto apenas pena
por tudo aquilo que disse e não senti...
A alguém que sei que talvez não compreenda, que talvez já nem leia este blog, que talvez tenha virado costas dizendo baixo "até sempre".
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