Ali estava, parado à chuva que caía enquanto nascia um novo dia, perdido nesses sonhos, nessas suas fantasias. Uma mão tocou-lhe o ombro molhado, por momentos tinha-se esquecido de que o seu companheiro também ali estava e que este lhe perguntara se tudo estava bem. Não respondeu, como se as palavras não quisessem existir pela sua voz, mantendo-se na sua inquieta mudez.
Virou-se, dos seus olhos provinha uma água diferente, esta mais salgada, mais brilhante que a da chuva, e com estas lágrimas vinham mil palavras, de dor e alegria, de companhia e solidão, todas resumindo um simples sentimento... acabou!
A mão outrora no seu ombro retraiu-se, caiu como se a morte lhe houvesse roubado o seu bem mais precioso... e virou-se, sem conseguir dizer palavra a mão lentamente se afastou, sem possibilidade de regressar, de renascer.
Ali estava, parado à chuva com um novo dia que nascera, mais uma vez sem saber o que fazer...
Um espaço de sentimentos, um espaço de reflexões, um pouco do que sou ou do que pretendo alcançar. O meu ser sob a forma de palavras escritas... mas será que me saberei traduzir?
quinta-feira, novembro 27, 2003
Focus - Ennio Morricone & Dulce Pontes
Apenas para vos dizer que está lindo, não deixem de ouvir esta obra prima. Porque afinal ainda se fazem coisas bonitas e com qualidade com um nome português. Oiçam já!
Dores...
Enervam-me as dores invisiveis
que sinto mas não se vêem.
O sentimento desta impotência
que não sei como ultrapassar.
E os teus olhos são tão doces,
promessas de outros dias que virão
e que não me são destinados...
que não serei eu a viver.
Sinto a injustiça deste sentimento
que não me foi perguntado
se desejava em minha vida.
E luto, luto por dentro
contra este desejo de mudança,
de normalidade patológica.
A raiva cresce, inunda
cria em mim esta revolta,
esta imensa mágoa que não suporto.
Tento ser o que não sou,
tento ser outra vida que não vivo,
tento, tento mas não alcanço,
não alcanço os teus olhos,
esse futuro prometido.
E aqui fico uma vez mais
sem fugir, sem saber onde ir,
vivo talvez na ilusão daqueles minutos
em que pela música te agarraste a mim,
vivo na ilusão desta simples alegria...
que sinto mas não se vêem.
O sentimento desta impotência
que não sei como ultrapassar.
E os teus olhos são tão doces,
promessas de outros dias que virão
e que não me são destinados...
que não serei eu a viver.
Sinto a injustiça deste sentimento
que não me foi perguntado
se desejava em minha vida.
E luto, luto por dentro
contra este desejo de mudança,
de normalidade patológica.
A raiva cresce, inunda
cria em mim esta revolta,
esta imensa mágoa que não suporto.
Tento ser o que não sou,
tento ser outra vida que não vivo,
tento, tento mas não alcanço,
não alcanço os teus olhos,
esse futuro prometido.
E aqui fico uma vez mais
sem fugir, sem saber onde ir,
vivo talvez na ilusão daqueles minutos
em que pela música te agarraste a mim,
vivo na ilusão desta simples alegria...
quinta-feira, novembro 20, 2003
Plágio
Olhou para as pessoas que passavam e notou que era sempre ali que acabava por ir ter. Como se aquele sítio fosse um tipo de refúgio à sua dor, como se a cor e o movimento, podessem diminuir o turbilhão que crescia em si. Olhou para o relógio na tentativa de ter preenchido parte do seu tempo, mas constatou que este pouco tinha avançado desde que ali chegara e começou a passear. Olhava para as montras mas nada nelas lhe chamava à atenção, perdia-se aos poucos naqueles dolorosos pensamentos que tantas vezes tentara esquecer, que tantas vezes tentara evitar... e ali estava, parado à porta do café onde em tempos conhecera aquele que seria o seu maior amor e, também, a sua maior dor. De repente era como se todo o mundo tivesse deixado de existir, como se o chão lhe fugisse e nada mais tivesse importância, tantos meses passados do fim desta relação e o sentimento de destruição interior parecia não querer diminuir. Parou, não no movimento que há muito se houvera extinguido, mas no pensamento. Quando regressou, sentiu a chuva que caia e pela qual nem tinha dado conta, soube-lhe bem o peso grave contido em cada nova gota que batia no seu cabelo e suavemente escorria pela sua face, parecia que estas gotas levavam consigo parte do seu sofrimento, que o deixavam mais leve, rejuvenescido. Continuou o seu caminho, certamente não seria o mesmo ser que ali chegara há quase uma hora atrás, havia em si uma nova leveza, uma esperança escondida de que tudo acabaria por passar... quem sabe o desejo de que houvessem novos dias de chuva enquanto não chegasse a primavera.
segunda-feira, novembro 17, 2003
My Immortal (Evanescence)
Esta é sem dúvida umas das suas músicas mais bonitas, aconselho-vos a verem tb o novo clip deles que é exactamente desta música, está mm mt bonito. Para verem vão ao site oficial da banda: www.evanescence.com, e escolham a zona das músicas.
Já agora fica tb a letra da música:
"My Immortal"
I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave
I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here
And it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
[CHORUS:]
When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
I held your hand through all of these years
But you still have
All of me
You used to captivate me
By your resonating light
Now I'm bound by the life you left behind
Your face it haunts
My once pleasant dreams
Your voice it chased away
All the sanity in me
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
[Chorus]
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along
[Chorus]
Já agora fica tb a letra da música:
"My Immortal"
I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave
I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here
And it won't leave me alone
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
[CHORUS:]
When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
I held your hand through all of these years
But you still have
All of me
You used to captivate me
By your resonating light
Now I'm bound by the life you left behind
Your face it haunts
My once pleasant dreams
Your voice it chased away
All the sanity in me
These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase
[Chorus]
I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along
[Chorus]
domingo, novembro 16, 2003
Coisa dificeis.
Cada vez mais me parece que com o passar dos anos me agradam as coisas difíceis. Parece que são aquelas que no final trazem a vitória interior que mais nos agrada, que tanto lutamos para obter nas restantes partes da nossa vida. Começo a pensar que também assim será com o amor, se tudo fosse fácil acho que perderia a graça, o encanto. Talvez por isso me dificulte tanto a vida, me ponha tantos obstáculos, de certa forma é como se me desafiasse mentalmente para não cair na monotonia, que para mim seria sinónimo de morte.
Mas se por um lado isto me parece possitivo, por outro suscita-me muitas dúvidas. Sinto que caí num ciclo que já não consigo controlar, que não consigo quebrar para tentar amenizar este sofrimento que acaba por me causar... como se tivesse lançado os dados de um jogo que "just keep going...on and on".
Mas não pensem que isto me assusta, que sequer faz de mim uma pessoa triste, na realidade se assim não fosse, há mt que não aguentaria estar aqui, neste mundo que prefiro não apelidar... talvez no fundo tudo se resuma ao que chamamos de "instinto de sobrevivência"... de qualquer forma, o amor há-de chegar e cá tem o seu lugar à espera. E a vida continua...
Mas se por um lado isto me parece possitivo, por outro suscita-me muitas dúvidas. Sinto que caí num ciclo que já não consigo controlar, que não consigo quebrar para tentar amenizar este sofrimento que acaba por me causar... como se tivesse lançado os dados de um jogo que "just keep going...on and on".
Mas não pensem que isto me assusta, que sequer faz de mim uma pessoa triste, na realidade se assim não fosse, há mt que não aguentaria estar aqui, neste mundo que prefiro não apelidar... talvez no fundo tudo se resuma ao que chamamos de "instinto de sobrevivência"... de qualquer forma, o amor há-de chegar e cá tem o seu lugar à espera. E a vida continua...
quarta-feira, novembro 12, 2003
Um dia feliz...
Hoje, dia 12, é um dia feliz para mim. É um dia em que uma pessoa que adoro faz anos e sinto-me feliz por ela ter nascido há exactamente 21 anos atrás.
Agradeço-lhe por tudo aquilo que passámos juntos, agradeço-lhe mais pelo que ainda havemos de passar. Agradeço-lhe porque me permitiu chorar quando necessário e porque me retribuiu todo o amor que por ela sinto... Desejo-lhe toda a felicidade do mundo, sabendo que ela será pouca para expressar este meu desejo...
Fugindo à bebé do dia e à minha pequenina dedicatória, volto aos temas do costume.
Hoje (dia 11) foi um bom dia, um dia em que me senti em paz com o mundo, que me senti calmo, bem disposto, eléctrico pelas poucas horas de sono, mas no geral, bem! Penso que começo a retornar a uma fase já esquecida por onde já passei há algum tempo, ou seja, o sentir-me bem com a solidão, o sentir-me de certa forma felizardo por ser esta minha condição. Não, por muito que pareça não virei costas ao amor, nem perdi a esperança de ainda voltar a berber do seu sumo, talvez porque na minha personalidade não há mt espaço para esse tipo de desistências (de forma real, no verdadeiro sentido de desistir, embora o ânimo por vezes se quebre). Contudo, voltei a uma fase que gosto em mim, que acho que traduz a minha forma de ser, a minha calma natural, não só de estar, mas também de sentir. Espero que esta seja uma fase que dure até chegar o tal... porque nela me sinto bem e porque acho que é tb o estado de espirito que me permite melhor estar lá para aqueles que me importam, aqueles que amo, os meus amigos e, já agora, a minha familia.
Espero que tenham tido um bom dia de São Martinho, e viva às castanhas!
Agradeço-lhe por tudo aquilo que passámos juntos, agradeço-lhe mais pelo que ainda havemos de passar. Agradeço-lhe porque me permitiu chorar quando necessário e porque me retribuiu todo o amor que por ela sinto... Desejo-lhe toda a felicidade do mundo, sabendo que ela será pouca para expressar este meu desejo...
Fugindo à bebé do dia e à minha pequenina dedicatória, volto aos temas do costume.
Hoje (dia 11) foi um bom dia, um dia em que me senti em paz com o mundo, que me senti calmo, bem disposto, eléctrico pelas poucas horas de sono, mas no geral, bem! Penso que começo a retornar a uma fase já esquecida por onde já passei há algum tempo, ou seja, o sentir-me bem com a solidão, o sentir-me de certa forma felizardo por ser esta minha condição. Não, por muito que pareça não virei costas ao amor, nem perdi a esperança de ainda voltar a berber do seu sumo, talvez porque na minha personalidade não há mt espaço para esse tipo de desistências (de forma real, no verdadeiro sentido de desistir, embora o ânimo por vezes se quebre). Contudo, voltei a uma fase que gosto em mim, que acho que traduz a minha forma de ser, a minha calma natural, não só de estar, mas também de sentir. Espero que esta seja uma fase que dure até chegar o tal... porque nela me sinto bem e porque acho que é tb o estado de espirito que me permite melhor estar lá para aqueles que me importam, aqueles que amo, os meus amigos e, já agora, a minha familia.
Espero que tenham tido um bom dia de São Martinho, e viva às castanhas!
segunda-feira, novembro 10, 2003
Espaços Infinitos
As pessoas perguntam-me o que tenho, o que se passa comigo, e fico sem saber o que responder. Acho que não consigo passar o sentimento que vive em mim, como responder simplesmente que não sei?!!! Sinto que quando estou com algumas pessoas sou diferente, fico distante como se tivesse ainda que mostrar que vale a pena gostarem de mim! Fica somente um sentimento de frustração por saber que nada disto é necessário e que, por mais que queira, acabo sempre por fazer o mesmo. É aqui que fico então, neste sentimento de saber que afasto as pessoas sem querer e que não consigo combater com o meu adversário mais dificil de enfrentar, eu! O mais estúpido é a crença intrinseca que tenho de que até sou boa pessoa, que não me integro neste mundo que se parte aos bocados, sei que isto pode parecer falta de modéstia, mas juro que não é. Além de meu inimigo sou tb o meu maior crítico, tenho consciência disso. Mas como gostar de mim? Como mostrar que afinal não é aos outros que tenho de mostrar que vale a pena gostar de mim, mas sim, mostra-lo a mim mesmo...
Resumindo, estou cansado de estar sozinho, das conversas fiadas de todas as minhas qualidades e belezas sem que nunca apareça aquele que me diga, hoje quero partilha-las contigo, hoje esquece tudo por um momento e vem, vem ficar comigo como se tudo acabasse num novo raiar do sol...
Fica uma parte de uma música que gosto mt e que diz um pouco do que sinto: "I don't care, i have no luck, i don't miss it all that much, there's just so many things that i can touch i'm torn, i'm all out of faith, this is how i feel..." e de outra música que tb gosto "we try so many arms when we are lonely to find the one and only, one day you turn and it's there..."
E viva a mais uma semana que começou...
Resumindo, estou cansado de estar sozinho, das conversas fiadas de todas as minhas qualidades e belezas sem que nunca apareça aquele que me diga, hoje quero partilha-las contigo, hoje esquece tudo por um momento e vem, vem ficar comigo como se tudo acabasse num novo raiar do sol...
Fica uma parte de uma música que gosto mt e que diz um pouco do que sinto: "I don't care, i have no luck, i don't miss it all that much, there's just so many things that i can touch i'm torn, i'm all out of faith, this is how i feel..." e de outra música que tb gosto "we try so many arms when we are lonely to find the one and only, one day you turn and it's there..."
E viva a mais uma semana que começou...
domingo, novembro 09, 2003
Just Another Raining Day
Oiço a chuva que cai lá fora,
que leva consigo as lágrimas
choradas por tantos anos...
Tento procurar nestas águas cristalinas
a esperança afogada de outros tempos
em que me era permitido amar.
E a noite caí, fugindo com todos estes sonhos,
parando as buscas que fazia no meu ser,
levando consigo a luz que me cobria...
Procuro-te mas não te encontro....
que leva consigo as lágrimas
choradas por tantos anos...
Tento procurar nestas águas cristalinas
a esperança afogada de outros tempos
em que me era permitido amar.
E a noite caí, fugindo com todos estes sonhos,
parando as buscas que fazia no meu ser,
levando consigo a luz que me cobria...
Procuro-te mas não te encontro....
Eclipse
Muitas vezes penso que peças grandes deste puzzle me escapam, mas não compreendo totalmente se tal é verdade ou não... Vejo castelos que rapidamente se destroem, enquanto outros bravamente se constroem e a dúvida surge sempre no meu ser.
Na solidão que por aqui se vive, sinto uma nova felicidade de promessas não cumpridas, coisas que a subtil distância afasta de mim, que me passam pelas mãos como simples grãos de areia doirada pelo sol... Restam-me as palavras que não esquecem a tristeza destas coisas que vivi, que me mostram um caminho diferente do que deseja o coração.
Desejo, palavra ardente enquanto penso no teu ser, nesses olhos nos quais me perco, nesse teu mundo de fantasia em que desejo habitar! Bate a luz de um novo dia, o raiar esperançoso e amarelo que se ergue num horizonte tão longínquo que o meu olhar anseia alcançar... Mas nele vêm também palavras mortas, estes sonhos que me atingem e chegou, por fim, a hora de acordar...
Na solidão que por aqui se vive, sinto uma nova felicidade de promessas não cumpridas, coisas que a subtil distância afasta de mim, que me passam pelas mãos como simples grãos de areia doirada pelo sol... Restam-me as palavras que não esquecem a tristeza destas coisas que vivi, que me mostram um caminho diferente do que deseja o coração.
Desejo, palavra ardente enquanto penso no teu ser, nesses olhos nos quais me perco, nesse teu mundo de fantasia em que desejo habitar! Bate a luz de um novo dia, o raiar esperançoso e amarelo que se ergue num horizonte tão longínquo que o meu olhar anseia alcançar... Mas nele vêm também palavras mortas, estes sonhos que me atingem e chegou, por fim, a hora de acordar...
sábado, novembro 08, 2003
Viagem
Hoje estou aqui novamente,
neste sitio escuro onde em tempos me perdi.
Procuro compreender algo que me ultrapassa,
mas não desisto de lutar...
Perco pelo caminho os sonhos infantis
que me faziam percorrer mundos diferentes,
onde na ignorância vivia uma felicidade dolorosa,
dolorosa pelo que havia de revelar...
Sei hoje tudo aquilo que preferia esconder,
mas que insistente o mundo tende a desfendar.
Amo tudo de uma forma diferente,
de forma mais madura, contudo nada muda!
A superficialidade das coisas mantém-se
pelo tempo em que me arrasto sem querer,
esperando pelo que resta conhecer.
E, nesse momento, em que o sono bater à porta
em que não possa mais continuar,
sei que vou ter mudado muitas coisas,
muitas mais do que alguma vez pude acreditar...
Talvez por isso valha a pena continuar!
Hoje estou aqui novamente,
neste sitio escuro onde em tempos me perdi.
Procuro compreender algo que me ultrapassa,
mas não desisto de lutar...
Perco pelo caminho os sonhos infantis
que me faziam percorrer mundos diferentes,
onde na ignorância vivia uma felicidade dolorosa,
dolorosa pelo que havia de revelar...
Sei hoje tudo aquilo que preferia esconder,
mas que insistente o mundo tende a desfendar.
Amo tudo de uma forma diferente,
de forma mais madura, contudo nada muda!
A superficialidade das coisas mantém-se
pelo tempo em que me arrasto sem querer,
esperando pelo que resta conhecer.
E, nesse momento, em que o sono bater à porta
em que não possa mais continuar,
sei que vou ter mudado muitas coisas,
muitas mais do que alguma vez pude acreditar...
Talvez por isso valha a pena continuar!
Aqui estou eu também
Bem, acho que é importante uma pessoa seguir o que de importante se passa, por isso decidi criar um blog meu. Não espero que ninguém na realidade se interesse por ele, digamos que é o meu cantinho de criatividade (se tal existe em mim), mas que não fecho só para mim. De qq forma, quem se aventurar pelo que aqui for escrito espero que goste, ou pelo menos, não deteste demasiado :P
Fica aqui a minha primeira noite fria...
Hoje sinto-me... bem torna-se difícil descrever o que corre dentro de mim. Farto-me das mesma situações em que se cede ao capricho, à birra, ao prazer de quem convém. Farto-me de se fugir dos amuos que se tornam mais constantes à força de serem tão reforçados pelos outros... Mas isto não é o pior, canso-me de não sentir já qualquer réstia da esperança que outrora tive na bondade humana, já que se passeia pela rua o desejo da maldade que cegamente nos consome, nos destrói.
Vejo pela facilidade do que acontece nestas rua, em que num abraço inesperado se rouba um telemóvel topo de gama e se deixa alguém no seu desespero angustiante da impotência de poder mudar as coisas, o que quer que seja. Sofre que vive, sofre quem vê. Mas a maioria nem vê, são realidades cegas em que vivemos, às quais tentamos passar ao lado para que não nos afecte, sem nunca percebermos que na realidade nos afecta a todos. Fale-se do reforço dado a quem assalta, que perante a indiferença avança na sua vida de marginalidade sem grande previsões de punição.
Canso-me, sim será esta a melhor maneira de o dizer, canso-me de ver quem já vi por tantas vezes, canso-me de ouvir as crises e as faltas de dinheiro (este que move o mundo), canso-me simplesmente... Na realidade apercebo-me que não é a fé na bondade humana que perdi, perdi algo maior do que isso, perdi uma crença infantil que faz de todos nós seres muito mais felizes, com objectivos muito mais definidos. Perdi então a esperança que tinha de poder mudar alguma coisa, por mais pequenina que fosse, estúpida esta minha crença de que o mundo deseja tal desígnio. Não! Jamais foi essa a sua intenção! Afinal o homem controla tanta coisa, sabe tanta coisa... e nunca controlou ou soube do mais importante, a sua maldade, o seu desespero de não saber o que o espera. Todos nos adaptamos, ainda que por vezes mal, ao simples facto de não percebermos patavina do que vimos cá fazer, para que servimos e qual é, afinal, o nosso grande objectivo... Mantenha-se a esperança viva, mas para quê...
Fica aqui a minha primeira noite fria...
Hoje sinto-me... bem torna-se difícil descrever o que corre dentro de mim. Farto-me das mesma situações em que se cede ao capricho, à birra, ao prazer de quem convém. Farto-me de se fugir dos amuos que se tornam mais constantes à força de serem tão reforçados pelos outros... Mas isto não é o pior, canso-me de não sentir já qualquer réstia da esperança que outrora tive na bondade humana, já que se passeia pela rua o desejo da maldade que cegamente nos consome, nos destrói.
Vejo pela facilidade do que acontece nestas rua, em que num abraço inesperado se rouba um telemóvel topo de gama e se deixa alguém no seu desespero angustiante da impotência de poder mudar as coisas, o que quer que seja. Sofre que vive, sofre quem vê. Mas a maioria nem vê, são realidades cegas em que vivemos, às quais tentamos passar ao lado para que não nos afecte, sem nunca percebermos que na realidade nos afecta a todos. Fale-se do reforço dado a quem assalta, que perante a indiferença avança na sua vida de marginalidade sem grande previsões de punição.
Canso-me, sim será esta a melhor maneira de o dizer, canso-me de ver quem já vi por tantas vezes, canso-me de ouvir as crises e as faltas de dinheiro (este que move o mundo), canso-me simplesmente... Na realidade apercebo-me que não é a fé na bondade humana que perdi, perdi algo maior do que isso, perdi uma crença infantil que faz de todos nós seres muito mais felizes, com objectivos muito mais definidos. Perdi então a esperança que tinha de poder mudar alguma coisa, por mais pequenina que fosse, estúpida esta minha crença de que o mundo deseja tal desígnio. Não! Jamais foi essa a sua intenção! Afinal o homem controla tanta coisa, sabe tanta coisa... e nunca controlou ou soube do mais importante, a sua maldade, o seu desespero de não saber o que o espera. Todos nos adaptamos, ainda que por vezes mal, ao simples facto de não percebermos patavina do que vimos cá fazer, para que servimos e qual é, afinal, o nosso grande objectivo... Mantenha-se a esperança viva, mas para quê...
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