domingo, fevereiro 01, 2004

Alturas existem em que escrevemos páginas e páginas e não nos sentimos completos, em que lemos folhas e folhas e não percebemos nada do que lá está. Nestes momentos perco-me no interior da minha mente, nesse mundo escuro em que vejo ainda menos do que cá fora, penso em tudo o que está errado neste mundo e sinto-me pequeno... No meio dessa escuridão é onde tu apareces, cavaleiro andante na neblina, que tentas em vão aparecer em meu socorro. Perco-me, cada vez mais perco-me de ti, afasto-me desses sentimentos de alegria e jovialidade que me eram tão característicos, prendo-me talvez. Velhos tempos em que o coração viajava solto, sem estes pesos que o mantêm tão preso aqui... sinto-me frustrado pelo medo que não soube perder pelo caminho, este medo que se sente pelo ar quando se aproxima um novo amor, perco-me, sim esse é o sentimento, perco-me novamente nesta dor que me inspira e solta as palavras que há em mim... porque nunca sei o que sentir? porque nunca conheço o caminho a seguir? porque nunca estás aqui ao pé de mim... podesse apenas por um instante sentir que tens este sentimento enorme também por mim, podesse apenas por uns instantes aninhar-me no teu colo à luz de um luar...

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