Vontade de voltar a estas palavras
que por tantas vezes lá deixei
esquecidas pela dor e solidão
de quem prefere sofrer nessa escuridão.
Foram precisas simples palavras
proferidas numa brincadeira de criança
para acordar o que há muito já dormia.
Falta-te garra! Proferiram esses sons
que tão fortemente penetraram no meu ser,
como flechas que destroem à passagem
deixando um novo espaço por erguer.
E aqui estou, resultado do que vivi,
do que com o tempo destrui e permiti
que se fosse escondendo, evanescendo...
Necessitava deste abalo arrasador
para perceber o quanto já me perdera
pelos medos, pelo vicio deste conformismo
de quem faz de vitima por não saber
mais o que fazer, por se esquecer.
Esquecer de si, do seu valor,
mas pior que isso, esquecer a vida
que lhe foi nada pelo primeiro respirar,
é como quem não canta tendo o dom,
como quem não pinta tendo as telas,
como quem não respira o ar
quando este é tudo o que necessita...
Até que algo me possa vir a abalar
existe em mim uma nova sede de viver,
esquecida pelo medo de sofrer
de quem talvez não tenha tido a força
de lutar contra a maré quando necessário,
mas tem talvez apenas as mãos para nadar,
a si e nada mais, porque isso é tudo o que
necessita para avançar na sua vida,
pelo menos até ver...
Um espaço de sentimentos, um espaço de reflexões, um pouco do que sou ou do que pretendo alcançar. O meu ser sob a forma de palavras escritas... mas será que me saberei traduzir?
quarta-feira, junho 30, 2004
sexta-feira, junho 25, 2004
Esquecido...
Pensava ter esquecido já esta capacidade
de sonhar como se fosse uma criança
perdida em tantos sonhos, fantasias
e cá estou de novo neste desilusão
de mais um sonho que não viu o dia,
que não se concretizou em extrema alegria
e apanho uma vez mais o que restou...
Anseio aquele que será novamente
o amor da minha vida, uma companhia
que saiba construir esta fortaleza
a que alguém chamou de amor um dia
e aguardo, com este desespero que aumenta,
com esta frustração de quem tem
toda uma vida para dar, mas não encontra
um coração onde possa descansar...
esta crença enorme, como qualquer
outra fantasia que habita no coração
de uma criança sonhadora!
de sonhar como se fosse uma criança
perdida em tantos sonhos, fantasias
e cá estou de novo neste desilusão
de mais um sonho que não viu o dia,
que não se concretizou em extrema alegria
e apanho uma vez mais o que restou...
Anseio aquele que será novamente
o amor da minha vida, uma companhia
que saiba construir esta fortaleza
a que alguém chamou de amor um dia
e aguardo, com este desespero que aumenta,
com esta frustração de quem tem
toda uma vida para dar, mas não encontra
um coração onde possa descansar...
esta crença enorme, como qualquer
outra fantasia que habita no coração
de uma criança sonhadora!
terça-feira, junho 22, 2004
Metamorfoses
Momentos existem em que sentimos que mudamos mais em alguns dias do que em muitos anos da nossa vida. Estes últimos dias têm sido de mtas mudanças, mtas decisões, mts rumos a decidir... Não que seja uma escolha consciente, na realidade sinto que a maior parte disto se passou num nivel mais pré-consciente. Linguagem de psicólogo à parte (desculpem mas acho que se vai tornando hábito, mm sem querer, detesto falar "caro", mas pronto), as coisas acontecem sem que muitas vezes saibamos o porquê. Tou menos resistente à frustração, talvez mais preocupado com o que eu sinto e não tanto com o mundo que cai aos bocados lá fora... digo que os outros escolheram o "eu" com que queriam lidar, mas talvez seja eu quem escolho o "eu" que lhes quero dar.
E os exames tão à porta e cada vez mais me identifico com a música da Nelly, then i see you standing there, wanting more from me, and all i can do is try...
Gostava de amar quem me ama, mas não consigo, not anymore, já o fiz e não resultou bem, faço-o para nos proteger, para te proteger, mesmo que possas não acreditar. Falo ao vento que me ouve...
Tb tu já me perdeste, tu que tanto me tiveste preso em tuas mãos, tu que do longe fazia algo tão perto que quase ouvia o teu coração, decidiste um dia que não era como nós queriamos, mas como tu querias, que não teriamos o mesmo peso e medida para nos julgarmos, foi o dia em que me disseste sem palavras que eu era inferior e isso eu nunca fui... tb tu me perdeste no caminho...
Tu que és o dono da minha esperança, guarda-a bem, pois pouco mais resta para superar, dá um calor a um país que quase já gelou dentro de mim, dá asas a um passaro que pode e quer voar, nasce em mim como se este fosse o último dia...
I wish i haven't seen all of the realness, and all the real people are really not real at all... i'm all i'll ever be, but all i can do is try... try
Sim, sei que é um pouco incompreensivel, será para a maioria pelo menos, peço desculpa, mas era uma renovação necessária... tou mais leve agora, mais eu talvez, e que se faça um novo dia...
E os exames tão à porta e cada vez mais me identifico com a música da Nelly, then i see you standing there, wanting more from me, and all i can do is try...
Gostava de amar quem me ama, mas não consigo, not anymore, já o fiz e não resultou bem, faço-o para nos proteger, para te proteger, mesmo que possas não acreditar. Falo ao vento que me ouve...
Tb tu já me perdeste, tu que tanto me tiveste preso em tuas mãos, tu que do longe fazia algo tão perto que quase ouvia o teu coração, decidiste um dia que não era como nós queriamos, mas como tu querias, que não teriamos o mesmo peso e medida para nos julgarmos, foi o dia em que me disseste sem palavras que eu era inferior e isso eu nunca fui... tb tu me perdeste no caminho...
Tu que és o dono da minha esperança, guarda-a bem, pois pouco mais resta para superar, dá um calor a um país que quase já gelou dentro de mim, dá asas a um passaro que pode e quer voar, nasce em mim como se este fosse o último dia...
I wish i haven't seen all of the realness, and all the real people are really not real at all... i'm all i'll ever be, but all i can do is try... try
Sim, sei que é um pouco incompreensivel, será para a maioria pelo menos, peço desculpa, mas era uma renovação necessária... tou mais leve agora, mais eu talvez, e que se faça um novo dia...
domingo, junho 13, 2004
A world for us...
este sentimento de não pertencer aqui, a este mundo... de não vir equipado com as ferramentes necessárias para resistir, para sobreviver... falta-me o instinto, a agressividade que nos protege de toda esta hostilidade... como vencer quando não nos é institiva a capacidade de nos proteger-mos, de reagir? Pior que tudo é a frustração que fica, de tantas coisas que poderiamos ter feito, de tudo o que não nos passou pela cabeça pela nossa apreensão... tantas vozes que nos relembram como fomos parvos, inuteis, fracos... doem-me os 100€ que se foram, dói-me a minha mala da puma tão novinha... mas mais que as duas coisas juntas, dói-me a alma, o orgulho e a vontade de continuar neste mundo de merda... tivesse eu a coragem que me falta e acabava com isto de vez, azar o meu que coragem é exactamente o que me falta...
quarta-feira, junho 09, 2004
O pequeno livro do medo
"E eu só tenho medo de ti, porque penso que tu não fazes parte de mim. Mas tu fazes parte de mim, como os meus ossos e os meus pulmões. Tu és o meu medo, porque é que não havias de fazer parte de mim? A coragem não faz também parte de mim? E o riso e as lágrimas, não fazem? De maneira que, olha, fica cá dentro e encontra um canto para te sentares. Mas cuidado: de cada vez que começares a abusar, vai haver guerra. Vou saltar, correr, espernear, lutar, falar, responder, perguntar, ou, muito simplesmente, pensar."
"... mas quem convence o corpo a não ter medo quando o medo acorda dentro do corpo?"
(cit. em Sida: eu e os outros, Vitor Claúdio e Maria Mateus)
"... mas quem convence o corpo a não ter medo quando o medo acorda dentro do corpo?"
(cit. em Sida: eu e os outros, Vitor Claúdio e Maria Mateus)
terça-feira, junho 08, 2004
explicações
Como explicar-te o que se passa em mim
quando nem eu consigo perceber-me!
é como querer pintar um quadro fabuloso
sem conhecer as tintas, as telas, as cores.
Como dizer-te todo o medo que conheço
das várias vezes que não alcancei,
dos vários sonhos que nunca conheci...
Sou uma música ainda por compôr,
que não depende só dos outros, nem de mim.
Estagno por este medo de explorar
uma direcção diferente da que sonhei,
da que almejei por tanto tempo...
Como dizer-te que não faço parte desta moldura
que sou a fotografia de outros tempos,
que não apareço por não me conhecer.
Sou aquele que não é mas que vai sendo
o que não quebra porque já partiu há muito tempo
o que deixou para trás tanta coisa esquecida
que não conhece mais o seu caminho
que não sabe mais onde procurar, onde encontrar
todos estes sonhos que perdeu nesta jornada
que nunca quis iniciar...
quando nem eu consigo perceber-me!
é como querer pintar um quadro fabuloso
sem conhecer as tintas, as telas, as cores.
Como dizer-te todo o medo que conheço
das várias vezes que não alcancei,
dos vários sonhos que nunca conheci...
Sou uma música ainda por compôr,
que não depende só dos outros, nem de mim.
Estagno por este medo de explorar
uma direcção diferente da que sonhei,
da que almejei por tanto tempo...
Como dizer-te que não faço parte desta moldura
que sou a fotografia de outros tempos,
que não apareço por não me conhecer.
Sou aquele que não é mas que vai sendo
o que não quebra porque já partiu há muito tempo
o que deixou para trás tanta coisa esquecida
que não conhece mais o seu caminho
que não sabe mais onde procurar, onde encontrar
todos estes sonhos que perdeu nesta jornada
que nunca quis iniciar...
domingo, junho 06, 2004
silêncio
Sinto palavras que não saem
turbilhões que se geram e se calam
emoções que se levantam e que caem
E assim sigo a cada dia, desmoronado
nestes sentimentos que vivem presos
nesta solidão tão acompanhada
que cega a quem rodeia, a quem ama...
Procuro formas de compreender-me
de perceber porque todos agem diferente
porque parece falhar comigo a intimidade.
Concluo que construo todas estas barreiras
que jamais consigo ultrapassar, que me vedo
com uma força frágil aos demais
que não vêem e que nem tentam ultrapassar
e fico aqui, perdido numa solidão
que fui eu quem construiu e que não quero
mas que também não sei como destruir
Tento perceber o que posso, o que tenho
tantas coisas que devem ser para mudar
mas que nem conheço, não percebo
que ninguém diz e todos calam
Talvez por isso eu diga tanto, talvez
por isso eu agrida pelas letras
só porque não sei mais formas de amar
porque não sei mais onde me encontrar...
turbilhões que se geram e se calam
emoções que se levantam e que caem
E assim sigo a cada dia, desmoronado
nestes sentimentos que vivem presos
nesta solidão tão acompanhada
que cega a quem rodeia, a quem ama...
Procuro formas de compreender-me
de perceber porque todos agem diferente
porque parece falhar comigo a intimidade.
Concluo que construo todas estas barreiras
que jamais consigo ultrapassar, que me vedo
com uma força frágil aos demais
que não vêem e que nem tentam ultrapassar
e fico aqui, perdido numa solidão
que fui eu quem construiu e que não quero
mas que também não sei como destruir
Tento perceber o que posso, o que tenho
tantas coisas que devem ser para mudar
mas que nem conheço, não percebo
que ninguém diz e todos calam
Talvez por isso eu diga tanto, talvez
por isso eu agrida pelas letras
só porque não sei mais formas de amar
porque não sei mais onde me encontrar...
...
Faltam-me as palavras, os sentimentos,
faltam-me coisas... que nem sei nomear.
Não sou hoje o que era no início
e nem sei como me posso encontrar.
Olho o céu, tantas luzes que nos chegam mortas,
e sinto como se também eu assim o fosse,
uma luz morta antes de brilhar!
ah! Doce tentação do desespero
da depressão de não acordar assim tão cedo,
de deitar para não mexer nem mais um dedo,
medo... dor... lágrimas quentes que me caem
de tantos anos sem alcançar, de falhar.
Não amo os que estão mais próximos
para me destruir nesta longitude,
sabendo que nem os mais próximos consegui amar.
Buracos tapados por pessoas do caminho
em que tão arduamente me tentava procurar...
Não foi apenas de um sentimento que desisti
não foi de uma pessoa, de um sonho,
foi de um mundo onde nunca me soube enquadrar!
faltam-me coisas... que nem sei nomear.
Não sou hoje o que era no início
e nem sei como me posso encontrar.
Olho o céu, tantas luzes que nos chegam mortas,
e sinto como se também eu assim o fosse,
uma luz morta antes de brilhar!
ah! Doce tentação do desespero
da depressão de não acordar assim tão cedo,
de deitar para não mexer nem mais um dedo,
medo... dor... lágrimas quentes que me caem
de tantos anos sem alcançar, de falhar.
Não amo os que estão mais próximos
para me destruir nesta longitude,
sabendo que nem os mais próximos consegui amar.
Buracos tapados por pessoas do caminho
em que tão arduamente me tentava procurar...
Não foi apenas de um sentimento que desisti
não foi de uma pessoa, de um sonho,
foi de um mundo onde nunca me soube enquadrar!
terça-feira, junho 01, 2004
FELIZ DIA DA CRIANÇA
Porque todos mantemos uma criança dentro de nós e ela é tão importante à nossa sanidade mental, desejo a todos que tenham um dia super feliz e se possivel com prendinhas (eu não recebi nenhuma, snif)...
Have fun
P.S. - para os que sabiam, a apresentação correu bastante bem, afinal não me deprimi mm apresentando a depressão em crianças neste dia... lol
Have fun
P.S. - para os que sabiam, a apresentação correu bastante bem, afinal não me deprimi mm apresentando a depressão em crianças neste dia... lol
caminhos
Queria caminhar nessa direcção,
onde do escurso se faz luz,
onde da tristeza se constrói a alegria.
Queria só alcançar um pouco mais,
dessa tão desejada fantasia!
Fecho os olhos e fica escuro,
penumbra onde apareces tu,
promessa doutros dias mais felizes...
Nesta escuridão consigo ouvir-te,
as gargalhadas com que me brindavas
quando juntos partilhavamos mais um dia.
Recordo-te pelas saudades que me deixaste,
pelo vazio que ficou por colorir
quando pintavas todos os teus desejos
fazendo de mim a tua tela, o teu mundo.
onde do escurso se faz luz,
onde da tristeza se constrói a alegria.
Queria só alcançar um pouco mais,
dessa tão desejada fantasia!
Fecho os olhos e fica escuro,
penumbra onde apareces tu,
promessa doutros dias mais felizes...
Nesta escuridão consigo ouvir-te,
as gargalhadas com que me brindavas
quando juntos partilhavamos mais um dia.
Recordo-te pelas saudades que me deixaste,
pelo vazio que ficou por colorir
quando pintavas todos os teus desejos
fazendo de mim a tua tela, o teu mundo.
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