quarta-feira, dezembro 19, 2012

Simplicidade

Que saudades de acordar contigo por perto, sentir-te ali, abraçar-te e beijar em jeito de bom dia. Ainda nos vês assim, deitados no escuro? Ainda sentes a minha mão que acaricia a tua cara e te ama profundamente? Acho que no interior tudo está apagado em mim... já não há chama, já quase não há vida. Embora ela volte em momentos pontuais nunca é algo duradouro, nunca volta a habitar em mim.
Imagino-te pela casa, curiosamente em dias de calor, nu junto da banca da cozinha, vejo o teu corpo que sempre me fascinou, não tanto pela sua condição física mas pelo simples facto de ser teu! Apetece-me sempre acaricia-lo, beija-lo, amá-lo mais que à própria vida...
Mas esses são sonhos de outra vida, uma que já não é minha, talvez nem volte a ser. Sim, ainda acordo todos os dias com o desejo que aquele lugar a meu lado não seja só um espaço em branco, mas entre isso e a dor de perceber que o meu coração ainda pode sangrar e sofrer, fico sozinho enquanto conseguir sobreviver.

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