E foi preciso tão pouco, tão pouco
para que todo o mundo se desmoronasse.
Foram tão poucas a palavras, as acções,
tão ínfimas que mal consigo identificar
os motivos desta ruína...
mas hoje resta este aglomerado do passado
em que nos movemos individualmente,
resta tudo o que foi vivido e sobra este imenso,
o desmesurado, que ficou aqui parado por viver.
Mais que a perda, lamento o futuro que nos foi roubado,
as alegrias e tristezas que não nos foi permitido partilhar
e vagueio pela imaginação de tudo o que seria, mas não foi.
Apaziguaram-se os corações e as mágoas,
as pessoas e as palavras, e sobrou o nada.
Este nada em que nos (des)encontramos,
este nada em que nunca antes nos vi viver.
Espero hoje como sempre até aqui esperei,
pela salvação de algo que sei que se mudou,
talvez demasiado, talvez de forma imperceptível,
talvez para demasiado longe de qualquer um de nós...
Como antes sinto que falta aqui algo, que me falta aqui alguém...
1 comentário:
Meu amori só me ocorre dizer-te uma coisa:
Se precisares de algo, eu estou aqui
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