sábado, janeiro 10, 2004

Indiferença

E depois riste-te!
Como se nada te fosse diferente,
Como se tudo te fosse conhecido
e eu chorava lentamente,
para mim nada mais sobrava aqui...
Chovia lá fora! Pelas ruas...
a água que me invadia, me afogava
com a qual não conseguia combater,
ia-me roubando as forças mais secretas
sugando o pouco de vida que havia em mim...
E tu partiste sem demora!
Como se até àquele instante
nada tivesse acontecido entre nós,
como se não tivesse vivido já uma partilha
E eu ali fiquei!
Olhando a chuva que caía,
a água que me era tão estranha e diferente
neste sentimento perturbado de criança
na solidão imensa daquele quarto escuro...

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