O som que me chega pela tua voz
Que aquece aquela recatada solidão
Do abandono como um barco ao vento
Que voltará talvez à madrugada.
Sou o mar que sereno subjaz
À quietude desta lonjura que abarca
O novo tempo contido nos temporais
E que espero que se espelhe pelos céus.
Serei o eterno viajante que procuras
Mas pelo espaço não encontras
Serei o eterno evanescer de um novo dia
Que tentas agarrar pela ameno nevoeiro
Mas que pelos dedos escorrega livremente
Como a seda escondida no silêncio
Contida em todas estas recordações
Contida em todos estes sentimentos
Que me chegue sempre o mar pela tua voz...
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