domingo, abril 26, 2009

Números

Já várias pessoas me disseram que este ano está a passar a correr. Não podia concordar mais. A vida passa demasiado depressa. Deve ser por isso que deixei de gastar energia nas coisas do contra e passei a gastar mais nas coisas dos prós. Podia estender-me imenso sobre isso mas não quero. Quero apenas partilhar dois números. Dois simples números mas que tanto impacto fizeram na minha vida desde o ano passado. 10 e 8. Que têm de mais importante que os outros? Se calhar nada. Mas são dois acontecimentos da minha vida. Há 10 meses ganhei e há 8 meses perdi. Continuo a aprender a lidar com ambos, continuo a tirar lições e a crescer com ambos, continuo a viver porque essa é a nossa principal tarefa além de existir. Vivo em honra do que passou e do que virá, vivo pelos dois números e por mim (e mais umas quantas razões). Resumindo:
- Obrigado por fazeres parte da minha vida há 10 meses, isto é só o principio.
- Fazem-me falta os 8 meses que já não pude partilhar contigo e todos aqueles que já não virão mais, as viagens que ficaram por fazer, os planos que ficaram por realizar, mas fica também o imenso orgulho em ter durante a minha vida sido alguém protegido por ti. Rest in Peace.

Chuva...

Há um ditado que diz "Abril aguas mil" e quase já podia dizer que estou farto de chuva e de mau tempo e até há uns minutos atrás eu estaria plenamente convencido que sim. Mas existem momento em que o nosso intimo nos fala mais alto como uma pequena consciência que nos envolve. Não consigo fartar-me realmente da chuva e este facto é provavelmente devido a vários factores. Primeiro, adoro água e todas as actividades que envolvam este elemento. Segundo, adoro ouvir o barulho da água quando cai lá fora e vai batendo em diferentes tipos de materiais, os sons mais metálicos, os mais forte, os mais ténues que vão criando uma música tão especial. E por fim, o terceiro motivo prende-se muito com memórias e recordações. Porque a chuva nos acompanha ao longo da vida e por isso mesmo se torna uma companheira de momento, pessoas, situações! Recordo-me de várias, recordo-me com carinho. Nem todas são felizes mas todas são, sem qualquer sombra de dúvida, importantes. Sou de facto um ser amante do sol, adoro estender-me feito lagarto numa praia à chapa do sol (embora não nas horas prejudiciais), adoro o Verão, mas nada seria igual na minha vida se não houvesse a Chuva e muitos momentos não teriam tido o mesmo sabor se ela não tivesse estado presente.

segunda-feira, abril 06, 2009

Dar a mão

Houve momento em que pensei seriamente em dar-te a mão. Momentos em que te li triste, momentos em que te li perdida, momentos em que sei que era dos poucos que seguia e acreditava na tua fé. Sim houve momentos em que o quis fazer. Mas hesitei. Se calhar porque também não quis enfrentar o medo que podesses não querer mais que fizesse parte da tua vida, e se calhar não queres mesmo, mas existiram momentos em que quis voltar. Em que quis ocupar novamente esse lugar que no teu coração tantas vezes exigi e reclamei como meu. Verdades? Sim, as verdades podem ser confrontos, podem ser destruições. Se calhar ambos tinhamos verdades e ambos quisemos que a nossa fosse maior que a outra. E talvez ambas fossem, simplesmente porque eram nossas. Magoaste-me e eu sei que te magoei. E porém parece que nada disso foi suficiente. Continuas longe e a tua vida continua a passar sem que eu faça parte e isso magoa-me, sobretudo porque era um dos meus poucos portos seguros. Sim, fazes-me falta, como me fazem outras pessoas, mas tu sem dúvida de uma forma especial. Eras minha confidente, minha amiga, minha vizinha, minha companheira de choros e alegrias em vãos de escadas. Enfim... fazes-me falta.

domingo, abril 05, 2009

Perdido Algures

Nos últimos dias, ou semanas, tenho descoberto que não sou tão forte quanto pensava. Não que com isso queira dizer que sou fraco, mas sim, senti-me mais fraco. Acho que ando perdido embora não saiba bem de quê ou de quem... na realidade na parte pessoal nem me sinto assim tão mal tirando as saudades que não consigo ignorar. Na parte profissional, bem, vale-me alguns colegas que se têm tornado amigos com o passar do tempo. Estou sobretudo desiludido e não sei como dar volta a esta questão. Como continuamos a dar o nosso melhor por um "sonho" no qual já não acreditamos? Como continuar a viver um pesadelo que nos esgotou as forças? Espero encontrar uma qualquer solução ou formula que me deixe viver em paz.
O mais estranho porém é que quando conseguimos encontrar a força para quebrar (sim porque também para isso é preciso alguma coragem) o pensamento que surge é aquele com o qual não estavamos a contar. Sei, e soube desde sempre, que a situação do meu pai estava mal resolvida dentro de mim. Continua a estar porque não sei como libertar, mas nunca pensei que num momento de quebra ele fosse a única coisa que invadisse o meu pensamento. Apetecia-me gritar a plenos pulmões que ELE ME FAZ MUITA FALTA. E descobri que isto era a mais pura das verdades. Ele não me faz falta só porque era o equilíbrio da minha mãe em termos de vida conjugal, ele não me faz falta só porque sabia da sua experiência de vida mais do que todos nós juntos, ele faz-me falta só porque sim! Porque era o meu pai e porque mais ou menos próximos nós sabiamos do amor e orgulho que tinhamos um pelo outro... faz-me falta alguém que sinta esse orgulho em mim... Resumindo, fazes-me falta e eu ando perdido sem ti!