terça-feira, junho 05, 2007

Travel...

Abriu a janela do carro e deixou que a brisa o envolvesse numa viagem. Parecia que tinha sido ontem que tinha saído daquele prédio, daquela casa... a cena repetia-se na sua cabeça vezes e vezes sem conta. Perdia-se, tinha consciência do ciclo, mas simplesmente não o conseguia quebrar. Agora o vento sabia-lhe bem, representava o tipo de liberdade que sempre gostara, o espírito livre para partir e viajar por tantos locais ainda inexplorados. Apesar de tudo sentia-se bem, ou existiam momentos em que se sentia bem. O estado de espírito não era ainda uma constante, mas alguma vez o fora realmente? Regressou parcialmente da sua divagação puxado pelos acordes de uma música familiar. Escuta a letra sentindo que ela faz parte de si, da sua história, das suas emoções! Num flash a memória parecia desdobrar-se a uma velocidade tão exagerada que teve medo de não conseguir processar tudo o que seria necessário para se manter a salvo e, sobretudo, são. Parou o carro. As lágrimas corriam livremente pelo seu rosto, sem saber o motivo, sem existir uma razão chorava como se o próprio mundo terminasse naquele momento. E tão depressa como apareceu assim se foi. Ligou novamento o carro e abriu a janela entretanto fechada. Pensou simplesmente que a brisa efectivamente lhe sabia bem...

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