Há momentos em que paramos na nossa vida para balanço. Umas vezes esse balanço é positivo, outras neutro e algumas vezes negativo. Outras alturas existem em que não somos nós que paramos a vida, ela consegue fazê-lo sozinha e confronta-nos com o que tão arduamente tentámos evitar. Diz o senso comum, chutar e bola para a frente. Mas nem sempre esse é o melhor caminho. Dou por mim parado outra vez. Dou por mim a considerar que a minha vida dava um belo livro, só não sei em que género poderia ser inserido, mas também isso pouco importa. Olho para trás e vejo uma vida que não posso afirmar ter sido muito complicada, o normal para a maior parte das pessoas. Vejo sobretudo crenças que se perderam com o tempo e de alguma forma ainda bem que assim foi. Somos seres em aprendizagem e isso faz de nós únicos. Aprendi muito, imenso, e acho que mesmo assim tendo a cair em alguns erros já vividos no passado. E vou aprendendo com os erros alheios, com as vidas que me acompanham mais ou menos próximas, mais ou menos intimas. Vejo na vida dos outros tantas coisas que são comuns a todos nós, revejo-me. E com isso diminuo a minha solidão, a minha diferença. Afinal todos sofremos, afinal todos somos posto a provação... sim, aprendi muito ao longo dos últimos tempos e quebrei talvez a maior de todas as minhas ilusões. Porque o amor é algo que se constrói e simplesmente não existe! Porque o amor é algo que em si não é suficiente e eu acreditava que sim! Porque o amor é algo que não se compreende, é algo que pode ter um fim. Sim, o amor é uma capacidade demasiado grande para a maior parte dos corações e por mais que ele tente sobreviver e proliferar, existem muito poucos locais onde se possa verdadeiramente refugiar. Eu amei. Eu amo. E cada dia que passa aprendo sobretudo a amar-me mais a mim porque esse é o único amor que posso garantir como eterno...
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