Sou sincero, tenho medo. E porque o medo também faz parte da vida, estou feliz. Sofro, sofro por não poder expressar tudo o que vai dentro de mim, mas também isso é bom. Mas sofro mais pela falta do teu toque, pela falta destes dias, e vou crescendo. Cresço neste meu controlo de não poder sentir-me assim, de não ser racional... mas será tudo sempre desse modo? Olho ansiosamente para todos os meios por onde pode surgir uma comunicação. Não chega. Sinto por dentro que se calhar devia ter a iniciativa mas perco-me nos receios de te passar uma imagem errada, de deixar de ser tudo tão natural. E vou esperando. Esperando novamente pelo toque das tuas mãos, pelo encostar da tua cabeça no meu colo, e relembro. Vivo novamente cada bocadinho que partilhei contigo, cada minuto, cada sentimento que por dentro se instalou. Sim, tenho medo, mas o meu maior medo foi sempre o de não conseguir viver, o de não arriscar, o de te perder antes de te conseguir achar. Pego no telefone e mando-te uma mensagem, um retalho de uma música qualquer, um fragmento do todo que vai cá dentro, e descanso. Como um guerreiro após uma batalha, sendo que venci a luta mais difícil de travar. E essa foi aquela em que me abandonei ao sabor do vento, só na expectativa de alcançar o teu amor...
2 comentários:
Sou sincero: eu também tenho medo. Mas continuo. Continua tu também.
Raramente é fácil deixar o medo para trás e caminhar seguro... Mas a batalha mais díficil é combater a dúvida, o desespero, a ausência... Para vencer o medo basta apenas ganhar confiança, reforçar a auto-estima, viver!
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