quinta-feira, agosto 17, 2006

Calma...

Sinto a calma que me faltou... olho o mar que vai e vem e absorvo um pouco da sua energia. Olhar o mar sempre me fez bem. Sei que demonstrei coisas que não devia, que me expus, tentei fugir à sinceridade do que sou, vestir a capa, mas não fui capaz. Estou calmo. A partir daqui sei que sabes como sou, talvez isso te possa vir a incomodar ou de alguma forma a aborrecer, mas não importa. Nunca soube viver de outra maneira. Sou assim. Tentei mudar, nunca consegui. Deixei simplesmente de tentar. Gostava de ter mais experiência, de saber lidar melhor com as situações, mas sinto-me feliz no papel de aprendiz. Esta é a minha fuga ao tempo. Enquanto estou a aprender sei que não estou ultrapassado, que o tempo simplesmente não me ganhou o jogo. Sei que tenho imenso a aprender e quero! Acima de tudo quero aprender, sabendo que também tenho algo a partilhar. Hoje estou diferente. Estou num dia de cada vez, estou no aproveitar de todos os momentos. Estou na convicção de viver o presente, deixar o passado onde deve ficar e não sofrer pelo futuro, porque hoje é o que importa, hoje estou aqui, hoje penso em ti com um carinho imenso e se no futuro não sentir assim não importa. O que sentir até lá ninguém me tira, é meu. Olho o mar. Sinto a espuma que bate suavemente trazida pelo vento. Adoro este sentimento que o mar me trás. Em mim a maré sobe e desce em ciclos, trazendo num conjunto o equilíbrio. Estou aqui... isso é tudo o que quero que sintas!

2 comentários:

Anónimo disse...

bonito texto... tao simplesmente capaz de transmitir, a quem o lê, a sensaçao que descreve, quem o escreveu... e isso é algo que nao é comum de acontecer. nao uma transmissao por mera percepçao ou compreensao, mas uma transmissao da sensaçao fisica em si. bonito texto...

Luís disse...

Ainda bem que vivemos as marés... A seguir a um ciclo menos bom, a lua traz sempre uma nova maré. De esperança.