quarta-feira, abril 13, 2005

Retrospectivas

Olho para todas as coisas que escrevi nos últimos tempos e percebo um pouco mais os sentimentos que me consumiram e me consomem ainda hoje. Tento exteriorizar uma indiferença que não convence, nem a mim, e no entanto, dizer-me que sinto a falta de tantas coisas do passado custa-me ainda mais, demasiado. Talvez tenha sido eu a expulsar algumas dessas coisas da minha vida, talvez tenha sido eu a ficar cansado e saturado de tantas outras mas que muda isso de facto? Dizem-me que os sentimentos não deveriam ser estes, que se fosse o que supostamente aparentava não deveria ser assim. Pois lamento, mas não concordo. Era por ser tão verdadeiro, por ser tão importante para mim que os sentimentos são assim. Foram de desilusão, foram de mágoa e agora, mais que tudo sei que são de raiva, de vontade de desistir e acabar com tudo aquilo que anda num impasse, numa terra de ninguém. Reafirmo muitos sentimentos percebendo agora aquilo que não avancei, a mágoa que ainda em mim habita, mas noto que as consequências são diferentes... e nada me afecta da mesma forma.
Como tudo tem um lado positivo, nada do que aconteceu nos últimos tempos poderia ser diferente, fez-me crescer, e muito. Fez-me deixar de viver em fantasias, porque o eram de facto, talvez até mais que isso, talvez fossem patalogias latentes, a irromper. Não deixei de amar ninguém, como já tantas vezes o afirmei, mas as coisas mudam e sejamos francos, tudo mudou. As pessoas, os sítios, as interacções. E talvez isso até nem seja negativo, pelo contrário, ficam aqueles que querem e podem ficar, vão-se aqueles que não querem ou não podem ficar e a vida continua e como li algures há pouco tempo alguns utilizarão outras forma de fazer as despedidas dizendo simplesmente, "até sempre".
Como também já disse a algumas pessoas talvez eu deturpe algumas coisas, talvez até chegue a dramatizar umas tantas outras. Esta é a minha forma de sentir, a minha forma de viver. Quando me dou, dou-me de coração aberto, dou-me na totalidade do que sou. E, talvez por isso, quando me sinto de forma diferente tenda a ser bastante radical nas minhas formas de expressão, nas palavras, nas acções. Relendo alguns comentários acho importante dizer duas coisas mais. Sim, eu digo coisas sérias a brincar (e isso é algo que estou a aprender a não fazer, cada vez mais tentarei abolir esse comportamento por todos os disabores que já me trouxe), mas já expliquei o porquê num outro post e portanto não desenvolvo mais essa questão. Quanto às desculpas, não tenho desculpas a pedir neste momento, pedi-as a quem senti que devia pedir e, em alguns casos, até o fiz mais do que uma vez, mas existem diferenças. Existe o pedido de desculpas e existe o deitar-me no chão para passarem por cima, a segundo não o faço mais, já o fiz em tempos e mantenho apenas ilusões de amizades e carinhos que de facto não existem... não vou mais arrastar-me pela amizade de ninguém, porque a amizade não é moeda de negócio ou de troca, é algo que se dá de livre vontade a quem se quer, a quem se estima, eu vejo as coisas assim e talvez esteja errado, talvez...
Peço desculpa, mais uma vez, por voltar a estes temas, mas apeteceu esclarecer algumas coisas por conversas que ocorreram e por comentários que reli aos posts anteriores... enfim, talvez tenha ficado centrado neste tema, será um trauma que me vai acompanhar mas que prometo não voltar a mencionar aqui para quem lê (até porque não tenciono ficar com ele para sempre)... Abraços e beijos a todos... e até sempre (e espero que o sempre seja breve, em cada dia para todos aqueles que amo, como sempre amei...). Já agora soube bem esta última catarse...

1 comentário:

Acid Pig disse...

My_kito meu querido a Camila está óptima, anda a ficar desdentada LOL Tá a crescer a olhos vistos! E claro que pergunta por ti ;)
Mil beijos