Sento-me e olho o mar. Que saudades deste movimento deveras simples, mas com tanto significado. Vejo todos os sítios onde já estive, aqueles para onde gostaria de ir, todos os que já visitei e cresce em mim uma vontade imensa de me instalar em todos aqueles que já antes conheci. É como se sentisse medo deste infinito, destas novas cores, como se tivesse medo de não controlar o barco em que navego, e olho o mar... está calmo, as pequenas ondas rebentam na areia lisa, sem conchas, onde tantas vezes me deitei. Oiço agora o seu rebentar, acompanhado daquela espuma branca que recordo como refrescante, há quanto tempo não vou ver o mar! Sinto que volto novamente ao que conheço, e já antes esqueci, como um jogo viciado que não tem forma de ser quebrado... Sou uma criança e como uma criança olho o mar...
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