segunda-feira, novembro 01, 2010

Pego nas coisas que possuo e tudo se desfaz em pó nas minhas mãos! Penso que nada disso importa pela multidão que me acompanha, mas levanto a cabeça e estou só! Só num mundo de pessoas que se movimentam, passam por mim sem reparar... pensava ter toda a vida construída e apenas constato que nada construí. Tudo não passa de uma grande ilusão. Sento-me no chão de uma qualquer divisão que não sei tão pouco identificar. Está tudo torvado na minha vista. Ou será na minha mente? Sinto-me a perder-me dentro de mim mesmo sem compreender bem o que se passa... poderei eu estar novamente aqui? Neste sítio moribundo onde pensava não mais voltar?? Que terei eu feito desta vez?? Continuo sentado porque sei que nada disso importa. As razões continuarão desconhecidas, incompreensíveis até. Baixo a cabeça e resigno-me. Já nada resta para fazer. Nasci do pó e é a ele que quero voltar...

sexta-feira, setembro 03, 2010

Beira Mar

Estava ali sentado no pontão, perto do farol, a sentir o cheiro do mar e o vento que levantava pequena gotas salgadas que lhe batiam na cara. Pensava na sua vida, no percurso que até ali tinha percorrido. Sentia-se em paz, apensar das dificuldades que atravessava e das dúvidas que o assolavam o seu sentimento era positivo. Olhou para o horizonte, há quanto tempo não estava assim sentado, sozinho, à beira mar!
Ao longe ouvia as pessoas que estavam na praia, os risos das crianças a brincar, as conversas de adultos em formas de leves murmúrios trazidos pelo ar. Tudo parecia estar como devia e, se assim fosse sempre, a vida poderia dizer-se tranquila.
Voltou aos seus pensamentos. Fazia sentido aquilo que sentia? E mais importante do que isso, o que iria fazer a seguir? Parou e olhou para si. Pensar que chegara a este ponto em que tudo era tão ponderado... tão distante da sua juventude em que tudo parecia o simples resultado da soma de vários impulsos! Realmente a vida tinha-o ensinado. Só ainda não lhe tinha ensinado exactamente como sair dali. E afinal o que tinha mais importância? O sentimento ou a racionalidade? A crença ou a realidade? Levantou-se, como se se tivesse decidido! Mas decisão era a última coisa que ocorria dentro de si! Será possível dar um salto de fé quando sabemos de forma garantida que não existirá nenhuma rede de segurança lá em baixo para nos segurar???
E caminhou, ao longo da praia, sempre à beira mar...

domingo, agosto 29, 2010

segunda-feira, agosto 23, 2010

É Segunda-feira!

E nunca percebi o porquê de tanta raiva contra este dia. Como se fosse culpa dele vir logo a seguir a um Domingo e por isso implicar trabalhar... Como diz o outro: Culpem a mensagem não o mensageiro. Que tal parar para pensar que se as Segundas-feiras são um sacríficio que se calhar está na altura de mudar alguma coisa na vida?
Pois eu cá digo, é Segunda-feira e que bom! Será mais uma semana a passar... e menos uma que me falta para as férias!

terça-feira, agosto 17, 2010

Quero ou Não!

quero/não quero
não quero/ quero
quero/ não quero
quero sem querer e
sem querer quero.
quero/não quero
não quero/ quero
continuo neste querer
mas sem querer, quero
e querendo fico sem querer!
sou um jogo jogado pelas
mãos de Outros.
quero/não quero
tenho sono e não sei bem
o que relamente quero

Moon River - Andrea Ross (Official Music Video)

sexta-feira, agosto 13, 2010

Pedaços

Vai um pouco mais do meu coração ao vento. Arrancado em pedaços soltos, cansados de bater, cansados de lutar. Sinto o cheiro à salgada maresia trazida nessa aragem, recordações de tempo já praticamente esquecidos. Sou um adamastor no que concerne ao teu amor, e se ao menos as palavras que deixo ao vento fizessem algum sentido... Estou perdido, à espera de ouvir um canto de Sereia. Simplesmente à espera do seu encanto!

quinta-feira, agosto 12, 2010

Livro

Ansiosamente à espera que chegue o livro que encomendei da Série Millennium do Stieg Larsson. Quero saber como acaba a história!!! Viva ao The Book Depository e aos livros em Inglês baratos!!! :))

quarta-feira, agosto 11, 2010

Nunca mais é Setembro


Só para eu ir de férias para aqui :)

Renovação

Este blogue esteve morto mas vou tentar reanimá-lo.
Novidades que aconteceram entretanto:
- Compra de Casa;
- Mudança de departamento no trabalho;
- Ginásio (agora a sério).

Mais coisas irão surgindo...

sábado, abril 24, 2010

Abre-se a Janela

E sente-se a aragem que vem com promessas de renovação. Um ligeiro toque a flores e primavera acompanhado de um chilrear leve e alegre dos passáros da estação. Encostado à lateral de uma janela penso em ti, penso nos momentos do início, em tudo. Ou pelo menos tudo aquilo que consigo lembrar, os já muitos anos que me acompanham não poderiam deixar de pesar e ainda assim no nosso amor pareço uma criança acabada de nascer. Aquela que conhece o mundo pela primeira vez e sente o desagradável toque do ar nos seus pulmões, o ardor, que como tantas outras coisas na vida se transforma em algo inevitável e indispensável - o respirar! Penso em tantas dores e ardores que tivemos ao longo desta vida, uma viagem sem dúvida inesquecível e partilhada, em que coisas dolorosas se tornaram transformações e pontos de partida. Sim, meu amor, foram elas quem mais nos moldaram e foram reais chances de mudanças e crescimento. Que seriamos nós se tudo tivesse sido simples? Sem obstáculos que nos obrigassem a cair e levantar e muitas vezes esfolar os joelhos quase até fazer sangue?!
Sim, eu olho para a vida que passou e sinto-me abençoado por cada pequena coisa e ser que dela fizeram parte, mas tu és a que mais falta me tem feito. E embora fosse o teu tempo de partir como podeste fazê-lo sem me levar contigo? O teu companheiro de todas as viagens... Sem ti nada parece ter metade da intensidade e importância, da cor ou cheiro, sinto-te a falta como do primeiro ardor ao respirar, inevitável e indispensável!
Penso, meu amor, que chegou a hora de também eu partir e por isso vou fechar os olhos à tua espera, muitos anos se passaram e este meu corpo chegou ao fim. Peço-te apenas que me venhas buscar aqui porque és tu quem eu mais quero ter nesta passagem ao meu lado. Sinto uma nova cor que se aproxima, uma cor mais pura que todas as outras e muito, muito mais quente! Que saudades de ti...

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Carta a um desconhecido

Um dia gostava de te conhecer. Não porque faças falta na minha vida, mas simplesmente por te conhecer. E talvez te contasse um pouco sobre a minha vida, ou talvez, contasse tudo. Diz o ditado que é mais fácil falarmos de nós a estranhos! E faz sentido. Um estranho não tem expectativas, não nos conhece. Não há nunca o sentimento de choque ou desilusão. Não é esperado nada de nós, e como tal, podemos dar tudo, seja bom ou mau. Mas é importante referir, não deixarás nunca de ser um desconhecido, porque só assim poderemos manter a nossa relação especial. Serás compreensivo e bom ouvinte, porque esse é o teu principal papel e, em caso de necessidade, eu serei igual para ti.
Sim, penso que virás um dia, e talvez afinal, precise de ti. Porque às vezes estou tão cheio de coisas para dizer que não podem ser ditas a mais ninguém, porque por vezes, tenho medo de rebentar. Desde pequeno que sempre foi este o meu maior receio, pura e simplesmente perder o controlo. Não pela situação em si, mas pelos danos! Porque tenho medo de ser destrutivo, caústico ou até mesmo violento. Tenho medo da raiva e angústia extremas, do caos! É talvez por isso que não tenho coragem de experimentar algumas das sensações da vida. Não é que sejam propriamente radicais, mas sim porque possam ser um vício, que não sejam controladas. É por isso que bebo pouco, que não fume e que não usos drogas... No fundo tenho medo de mim, simplesmente porque não sei até onde posso resistir se experimentar. Não quero vícios! Chegam-me todos os banais que já possuo.
E, meu querido estranho, provavelmente vais aperceber-te que sou uma pessoa rígida e que muitas vezes roço a prepotência de não gostar de ver as pessoas que gosto a fazer algo que não "aprovo". Dir-te-ia também que estou a tentar mudar, mas é díficil! É perdermos a garantia de uma posição e certeza que sempre pensámos nossa, absoluta. Mas quem somos nós para dizer aos outros o que fazer, o que sentir em relação às suas experiências, para aprovar...
Fica-me sempre uma eterna questão, meu amigo desconhecido, sou eu mais resistente por não experimentar a vida ou são os outros mais corajosos do que eu por a viverem mais intensamente e experimentarem tudo?
Sim, talvez um dia apareças para me responder... até lá ficarei aqui unicamente a tentar melhorar...