A noite vai tomando conta do meu ser que adormece,
ser que devia ter repousado há tanto tempo!
Mas dos segundos vieram minutos
e dos minutos se fizeram horas...
Horas em que recordo o que não devia e não durmo
um tempo infinito contabilizado num leve tic-tac
E vou-me afundando.
Vivo nesta ambiguidade terrível que me consome,
preso no que devia ter feito e não fiz
preso no que deixei de viver e destruí.
Num caminho que estava traçado e eu não vi!
E vou seguindo.
Um pouco sem destino, sem rumo
numa rota quem nem sempre sei se escolhi.
Adormeço, ou pelo menos sei que o corpo sucumbiu.
A alma, essa vagueia pelas brumas
na esperança de talvez um dia encontrar uma nova luz.
E aqui fico eu, aguardando que chegue esse novo dia...
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