domingo, setembro 16, 2007

Horas...



A noite vai tomando conta do meu ser que adormece,

ser que devia ter repousado há tanto tempo!

Mas dos segundos vieram minutos

e dos minutos se fizeram horas...

Horas em que recordo o que não devia e não durmo

um tempo infinito contabilizado num leve tic-tac


E vou-me afundando.


Vivo nesta ambiguidade terrível que me consome,

preso no que devia ter feito e não fiz

preso no que deixei de viver e destruí.

Num caminho que estava traçado e eu não vi!


E vou seguindo.


Um pouco sem destino, sem rumo

numa rota quem nem sempre sei se escolhi.

Adormeço, ou pelo menos sei que o corpo sucumbiu.

A alma, essa vagueia pelas brumas

na esperança de talvez um dia encontrar uma nova luz.

E aqui fico eu, aguardando que chegue esse novo dia...




Sem comentários: