domingo, setembro 16, 2007

É assim que me sinto por dentro...


Sinto-me num mundo infindável de obras interiores que não acabam. Que avançam e recuam e nem sempre a níveis equivalentes. Lembra-me aquelas obras que nos dizem que vão demorar um mês e acabam por se arrastar por seis ou sete... será preciso tanto tempo?
Sei que não devia expôr tanto aqui de mim. Sei que de alguma forma me fragiliza. Sei que já afastou de mim pessoas (a elas peço desculpa, mas por vezes esta é a única forma que sei). Continuo a conseguir trabalhar melhor a minha comunicação e a minha emotividade por palavras escritas. Não sinto medo. Talvez eu apenas seja timido, talvez seja medroso e não goste de enfrentar as pessoas, talvez simplesmente me custe demais.
Faltam-me coisas na minha vida e nem sempre sinto ter realizado as coisas que sonhei. Talvez não seja tarde, mas sinto-me dorido. Magoado. Sim, talvez eu não devesse expor aqui tanto de mim (não deveria nunca ter falado de nós, talvez...), mas eu não consigo não falar dos meus sentimentos. Não os consigo calar e eles não passam só porque sim. E sim, acima de tudo magoa-me que tenhas deixado de acreditar em nós quando eu, apesar de toda a valorização que não sentia (fosse ela real ou apenas falha minha na sua percepção), continuei a acreditar...
Existe algum local onde se possa esconder um alma? Existe algum local onde simplesmente possamos desaparecer? Existe alguma forma de não ser tão sensível a tanta coisa? Um local banal onde eu possa simplesmente ouvir a tua voz...

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