sexta-feira, agosto 17, 2007

Dedicatória aos dias que passam

Oiço pelo vento a tua chegada tão esperada,
os dias passam devagar aqui longe do teu toque,
como se nada mais houvesse no mundo para mim.
Mas oiço-te agora um pouco mais perto.
E cada minuto é repleto de uma terna ansiedade,
de uma nova esperança, um novo alento.
Anseio por cada nova mensagem e pelos dias...
os dias que teimam em não passar.
Mas talvez até eles sejam uma benção para nós,
criam mais expectativa, mais desejo.
Vou olhando o mar e pensando em ti
em como era bom ter-te aqui um pouco mais próximo.
Sinto-te porém bem mais perto do que antigamente!
Sim, o vento anuncia-me a tua chegada finalmente.
E definitivamente os dias estão a encurtar
agora oiço-te aqui ao pé de mim...
E como chocolate eu derreto nas tuas mãos,
num toque aveludado, desfaço-me nos teus lábios
e desejo que nunca mais existam dias entre nós...

1 comentário:

Anónimo disse...

NAVEGANDO...

Navegava, navegava
por esse mundo, esquecido
não sabendo que encontrar,
pois nada tinha perdido...

Ser encontrado ou encontrar
não há diferença, é sabido,
quando o resultado é achar
a presença de um amigo.

Podemos Mundo ver
sem nunca encontrar
o que perto está de ter,
oportuno é saber esperar
o que a vida há-de trazer...

Sei o que procuro,
não sei que encontro...
Sei o que quero comigo:
Jamais o vazio do mundo,
mas a presença de um amigo.

Pela escrita ou p'la voz
cumplicidades se partilham.
Sendo assim não estamos sós,
são coisas que nos ficam.

Pela palavra ou p'la voz
perto de ti me sinto,
no entanto, como é atroz:
o tempo prende-me num labirinto!

O tempo lento devagar passa,
ri de mim achando graça!
Anseio o fim dele chegado
para poder estar a teu lado...

Não há longe nem distância,
já lá dizia o autor...
Tenho fé, tenho esperança
de sentir teu calor...

Se voar pudesse, assim de repente...
rápido, seguro, sem perigo,
saberia que pedir ao vento:
"Leva-me! Leva-me!" para estar contigo...