segunda-feira, novembro 14, 2005

Momentos como outros quaisquer

Havia no ar o cheiro a um sentimento onde nunca antes tinha caminhado. Era um cheiro adocicado, leve e reconfortante. Algo que sabia no seu intimo que havia sempre procurado, mas que até ali nunca encontrara na sua forma pura. E no meio do seu conforto havia medo, receio do que poderia acontecer se deixasse os seus sentidos serem inebriados por este aroma. A única vez que lá estivera perto tinha sofrido demais. Mas o sentimento era quase irresistivel, uma força demasiado grande para ser ignorada, deixada de lado.
Dormia agarrado ao ser que provocava todos estes estímulos, que transpirava no ar o aroma que tanto desejava inspirar e agarrar como seu. Seria possível alguém adorá-lo tanto como aquela pessoa ao seu lado? Nunca sentira ser alvo de tanto carinho e amor como era agora, mas seria isto algo sólido? Algo em que podia confiar? Descobrira ao longo dos anos que um dos seus problemas era pensar demais, antecipar e sofrer antes de tempo, chegara a matar relações por antecipar toda a dor que elas lhe trariam. Matava-se mesmo antes de poder viver. Havia motivo para continuar a fazê-lo? Pensava que não. Estar com aquela pessoa era o mesmo que estar com alguém que parecia conhecer há anos e, no entanto, decorrera tão pouco tempo. Mas tinha o amor um tempo definido? Ou seria possível amar alguém que se conhecera recentemente? Decidiu amar com o coração e esquecer um pouco o cérebro, porque ele nem sempre fora um bom conselheiro. E mantinha-se uma pergunta na sua mente, dando voltas e voltas... seria alguém que se tornara tão racional capaz de viver no limiar das suas emoções? Era algo que ficara para ver... Uma coisa, e talvez apenas essa, era certa, estava a viver um início de relação muito melhor do que as relações todas que tivera até então.
Olhava para a pessoa que estava ao seu lado a dormir ouvindo a chuva lá fora e acabara por adormecer, nos seus sonhos sabia que aguardava a felicidade do momento matinal em que abriria os olhos e diria à pessoa que amava, Bom dia meu amor.

3 comentários:

Cristina Rodrigues disse...

acho q tou a precisar de um update, q te parece??

Unknown disse...

ora... eu também!

Anónimo disse...

Paixão no verdadeiro sentido da palavra. Amar isso são sentimentos que ganhamos com o tempo.
Amizade, quando a temos somos uns sortudos. Porque a ela recorremos quando algumas paixões nos dão dissabores que só essas amizades nos poderão ajudar a contornar-las.
Preserva-las é vital para um futuro risonho e cheio de felicidade, cumplicidade e companharismo.
Despresa-las, quando estamos "cegos" de paixão é perder por vezes oportunidades que nunca nos poderão vir a surgir novamente.
um abraço deste teu sempre amigo