Sei que é algo estranho. Já passou demasiado tempo e, ainda assim, parece que existe aquele vazio por preencher. Vejo um outro alguém que entra e sai de um espaço que outrora era teu. Mas mesmo assim o que existe é apenas um tipo de vazio.
E sei que é estranho, estranho porque não tenho já por ti qualquer tipo de sentimento mas parece, contudo, que o tempo parou em ti. Parou em nós. Em nós num tempo melhor, num tempo em que nos amávamos diariamente... alguma coisa morreu no dia em que te pus um ponto final.
Terá sido a minha capacidade de amar que morreu no mesmo dia em que pus a pedra em cima do nosso amor já moribundo? Ou a minha capacidade de acreditar, de confiar?
E tudo me é dado de bandeja, exatamente como tantas vezes o pedi, mas falta sempre algo... por momentos pensei que esse algo fosses tu, mas não, o algo que falta é bem pior, bem mais grave, o algo que me falta... sou eu!
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